Exilados(as) do Paraíso

Tomando emprestadas as matrizes conceituais e imagéticas do beletrista lusofônico brasileiro Gonçalves Dias, busquemos o cantar (a melodia celeste) do “sabiá” (da intuição e consciência afinadas com a faixa mental do bem e da sabedoria), em vez de “cabear” a nau de nossas existências, dentro ou fora do domínio de matéria densa, à âncora do comodismo ou da covardia, ou de nos apegar ao “caviar” de nossos caprichos e gostos pessoais ou de grupo.

Seguindo, com disciplina férrea, essa filosofia de vida, sentir-nos-emos menos exilados(as) da Origem Divinal, em cuja direção todos(as) devemos, ainda que paulatinamente, nos esforçar por nos conduzir, sob pena de padecermos, de modo mais pungente, as angústias do desterro que inspiraram o maranhense ilustre a compor, com sua pena castiça, o clássico poema nostálgico “Canção do Exílio”.

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Matheus-Anacleto (Espírito)
Bethel, CT, região metropolitana de Nova York, EUA
25 de fevereiro de 2021