Benjamin Teixeira
pelo
Espírito Temístocles.

Dificilmente, amigo, notarás médiuns com encargos perante a multidão que não demonstrem profundo abatimento ou grande grau de exaustão, em função das solicitações, pressões e conflitos inúmeros, de dimensão respeitável, que se lhes oneram aos ombros. Representantes de todas as Escolas de Pensamento religioso jazem, via de regra – quer partilhem das funções de canais clássicos entre os dois mundos, quer não –, sob o peso de gigantesco maquinário de sustentação e transformação de forças psicológicas coletivas, porquanto a finalidade de sua tarefa é exatamente fermentar e fomentar a evolução das comunidades humanas.

É mesmo de estranhar encontrarmos genuínos porta-vozes do Céu em excelentes condições orgânicas na Terra – repetimos: se estiverem ocupando funções de vulto com o vulgo. Visualizemos, por um momento, o que seja isso: um mecanismo psicoenergético poderoso e de repercussões para a massa populacional imensa, que está jungido a um único corpo de carne, qual uma ciclópica usina transformadora-canalizadora de energias, nutrientes e sementes espirituais, em prol do progresso do corpo social, e compreender-se-á por que a biografia dos santos, na hagiografia católica, quanto o histórico dos médiuns mais célebres, nos anais kardecistas (como o adorável Chico Xavier), revelam um documentário clínico de pasmar.

Assim, oremos, vibremos bons votos de bem-estar, evitemos acrescentar percalços à rotina e economia mental já sobrecarregada destas criaturas e, precipuamente, empenhemo-nos em colaborar com estes agentes da Luz (embora humanos – eis dos mais significativos motivos, inclusive, para suas dores mais agudas), de modo a que possam eles trabalhar por mais tempo e com melhor qualidade, em considerando que, em sua esmagadora maioria, têm a obra que lhes foi delegada precariamente cumprida, por deficiência, omissão ou mesmo ataques gratuitos, amiúde daqueles mesmos que se comprometeram, antes de reencarnar, a lhes secundar os esforços de canais do Bem e da Evolução Espiritual no mundo físico de Vida.

Estes estafetas do Alto, corporificados no domínio material de existência, normalmente, dormem pouco e/ou mal. Seus plexos energéticos (ou chacras), continuamente submetidos a bombardeios psíquicos de vetores contrários ao progresso espiritual dos povos (provenientes de encarnados ou desencarnados), ricocheteiam, inexoravelmente, tais desmazelos, em forma de disfunções de variada monta e natureza, aos órgãos que lhe são correlatos, no organismo físico. A epífise (ou glândula pineal), supergalvanizada (e estressada), no constante e intenso trabalho de “antena psíquica” do intermediário entre Planos de Consciência, por sua vez também responsável pela gerência das demais glândulas do organismo, termina por ter comprometida esta função de maestro endocrinológico do vaso de carne, propiciando, indiretamente, o desencadear de desarranjos metabólicos, que vão da ciclotimia no humor a distúrbios do apetite, do sono, da sexualidade e mesmo das funções vegetativas, quais os movimentos peristálticos e a liberação de enzimas no aparelho digestivo, bem como os ciclos e ritmos do sistema cardiorrespiratório.

Em suma: estes amigos do bem se convertem, eles próprios, na seara de seu psiquismo e na gleba de seus corpos materiais, praça de guerra, em que as falanges do Bem encontram embate e tenazmente digladiam-se com as legiões do mal. Quem os vê, de fora, normalmente impecáveis cultores da disciplina (em uma enormidade de facetas e numa extensão de espaço mental que faria estupefactos os mais fleumáticos observadores), não faz a menor ideia do quanto vivem em permanente estado de batalha e vigilância, acostumados que estão a se manterem alinhados com a Luz, em meio ao caos e à treva, legítimos provocadores das geratrizes do amor e da generosidade, da paz e da prosperidade, dentro e fora deles, verdadeiros fulcros de atividade, direta ou indiretamente relacionados à sua atuação pessoal.

São, na mais plena e nobre acepção do vocábulo, generais de grande fibra e caráter, ainda que, externamente, afigurem-se adocicados, serenos e quase tolos, vendo (amiúde simulando não verem) e sofrendo o mal a mancheias, a tudo vertendo, com a bênção e graça divinas, em manancial de bem para muitos, drenando charcos de incompreensão e desânimo, fertilizando terrenos de indiferença e canalizando córregos bravios e destruidores na direção do deserto dos corações humanos, irrigando-os de ternura, carinho e sugestões vivas à esperança e à mobilização efetiva ao serviço de solidariedade e construção de um mundo melhor para todos!…

(Texto recebido em 19 de janeiro de 2010.)


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