(Diálogo mediúnico entabulado com o Espírito do Médico Psiquiatra e Psicólogo Dr. Temístocles.)

Benjamin de Aguiar,
em diálogo com o Espírito Dr. Temístocles.

No Domingo de Páscoa deste ano de 2011, 24 de abril, tivemos oportunidade de visitar, por uma quarta vez, o último corpo físico utilizado por nossa adorada Mestra Espiritual Eugênia – não sabíamos, até o sábado, se lograríamos essa bênção repetida e inaquilatável.

Fazendo a viagem de retorno a Paris, vindo de Nevers, por via férrea, à tarde, atravessando as encantadoras paisagens europeias, tive oportunidade de travar o diálogo mediúnico que segue abaixo (o vagão do trem favorecia acomodação suficiente à utilização do computador para isso), com o Psiquiatra e Psicólogo desencarnado Dr. Temístocles, especialista em fenômenos mediúnicos e análises de tendências – um dos Mentores Espirituais com quem temos (o Grupo Inteiro) a graça ímpar de confabular, desde 2001 (uma década completando-se neste ano, portanto, deste ultraenriquecedor convívio psíquico).

(Benjamin de Aguiar) – Prezado Dr. Temístocles, o que pode levar alguém à incorruptibilidade cadavérica, neste nível de completude, como o de Bernadette Soubirous? Sabe-se que existem corpos incorruptos, mas normalmente o fenômeno é incompleto. O organismo silente daquela que viu diretamente a Mãe Santíssima da Humanidade, quando animado pelo Espírito Santo e Sábio de Eugênia, no longínquo 1858, permanece inteiramente intacto, até onde podemos observar, há já 132 anos contínuos, conclusos na semana passada, em 16 de abril, dia em que desencarnou como Bernadette, no ano de 1879.

(Espírito Dr. Temístocles) – Todas as energias geminadas, das mais poderosas que o sistema corpo-espírito carreia consigo, entre elas: (1) as relacionadas à sexualidade – completa sublimação (ou seja: nenhuma atividade sexual, incluindo o sexo solitário, no transcurso de toda a estada do Santo Espírito Eugênia no corpo que recebeu o nome de Bernadette); (2) as atinentes à maternidade, promotoras do curioso e extraordinário fenômeno de “poltergeist”, que tem em jovens pré-púberes do sexo feminino (e não do masculino) seu epicentro paranormal (*1); (3) as que são reservadas para o momento de transpasse à dimensão não física de vida, no processo da morte biológica (*2); (4) as forças vitais do próprio perispírito (caso raríssimo), com “carga” para uma longa existência, nas faixas espirituais de consciência (*3).

(BdA) – Significa, então, que o Espírito Eugênia perdeu seu perispírito, no instante em que desencarnou como Bernadette? Morreu duplamente ou mais profundamente, no corpo físico e perispirítico, ao mesmo tempo?

(EDrT) – Sim.

(BdA) – Sinal de grande santidade e pureza…

(EDrT) – Sem dúvida alguma. Estava-se desligando de dois grandes domínios gerais de existência em um só movimento, o segundo deles (denominado por certas correntes esotéricas de “corpo astral”) constituído por inúmeros níveis de estação existencial – ocorrência, reitero, raríssima.

(BdA) – Mas para se comunicar comigo, por exemplo, de modo mediúnico (estando eu reencarnado), Eugênia precisaria, a rigor, de perispírito, não é isso? Sobremaneira no meu caso, em função da relação de sinergia com Ela, no mediunato… Estou certo?

(EDrT) – Sim.

(BdA) – Então… Ela o readquiriu mais tarde… ou adquiriu outro perispírito – não sei se falo corretamente…

(EDrT) – Sim.

(BdA) – E isso aconteceu para o mediunato, antes de nossos contatos menos profundos de 1988 ou…

(EDrT) – Antes de sua reencarnação. Quando o senhor desceu para a fundação do Instituto Voltaire, nas fronteiras com o mundo físico (*4), Ela já providenciou um novo corpo perispirítico, a fim de que pudesse manter comunhão psíquica com o senhor. Se Ela não o fizesse, o senhor teria perdido contato com o Grande Guia Espiritual, já na frequência do Voltaire, bem antes de sua descida aos proscênios carnais.

(BdA) – Voltando ao caso da extrema santidade d’Ela, Dr. Temístocles. O que significa alguém abandonar o corpo psicossomático, no mesmo movimento em que deixa para trás o corpo físico? O senhor poderia detalhar-nos algo mais do que enunciei: Sua extrema santidade?

(EDrT) – Sim, significa que aconteceu o que o senhor disse em relação ao “corpo emocional”: desapegar-se completamente do ego – ou seja, das emoções: TODAS ELAS –, sem se desvincular dos sentimentos superiores: NENHUM DELES. Somente assim, num estado pré-búdico (e, por óbvio, no Búdico igualmente), pode-se realizar tal trunfo moral-espiritual.

(BdA) – Dr. Temístocles, por que o senhor está me chamando de “senhor” nesta conversação? Não me lembro dessa formalidade em nossos contatos anteriores.

(EDrT) – Porque o senhor está me chamando de “Doutor”. Também não me recordo dessa formalidade n’outra ocasião, a não ser que o senhor tenha filtrado minha reação de protesto.

(BdA) – (risos) Tudo bem. Mas o senhor Professor se incomoda que assim o trate? Estou consultando-o hoje como um especialista no assunto.

(EDrT) – De modo algum, caso não se incomode o senhor professor também.

(Ele se manteve sério – risos – e assim continuou, depois que ri – risos.)

(BdA) – Então, Temístocles, o que você poderia dizer sobre as ideias que me vieram, diante do corpo intacto da Santa francesa, nestes últimos quatro dias: (1) de que constitui uma continuação de seu histórico espiritual como Felícia de Aquitânia, que “não queria abandonar seu povo”, agora recebendo a permissão mística de permanecer “fisicamente” conosco, “perpetuamente”, ainda que de modo divinalmente miraculoso; (2) de que seria um “Presente para a Humanidade terrena inteira”, como um “Toque de Deus” e uma “materialização da fé e do Espírito”, para os que não têm como mais diretamente “tocar” o mundo espiritual; (3) e de que também consiste em uma espécie de metafórica “âncora” para o bodhisatwa (*5), que o Espírito Eugênia seria, como um sinal do Alto de que Ela, na condição de Representante Direta de Nossa Mãe Maior, jamais nos abandonaria, tal qual Maria Santíssima o fez, em relação à Humanidade inteira, o Cristo que ficou na Terra, conforme foi profetizado pelo próprio Outro Cristo, Jesus, o Verbo da Verdade Divina para todos nós, que confiou o Planeta a Maria de Nazaré, simbolizados que estávamos na Pessoa do Evangelista João, no famigerado “Testamento de Jesus na Cruz”: “Mãe, eis aí Teu Filho; Filho, eis aí Tua Mãe”?…

(EDrT) – Sim, todas corretas – foram-lhe, inclusive, inspiradas, como percebeu.

(BdA) – Sim, notei. Como desejo dar-lhes publicidade (pela importância de que me parecem revestidas), e não percebi diretamente contato (vendo-Os ou ouvindo-Os, quando “inspirado”) com nenhum dos Senhores, Mestres Espirituais, almejava ratificar o acerto dos conceitos.

(EDrT) – Sim, senhor: atitude correta.

(Risos: por causa da volta do “senhor”.)

(Ele permanece sério.)

(BdA) – Agradecido, querido irmão em ideal Temístocles (risos).

(EDrT) – Não por isso, prezado colega de docência espiritual – ainda sério. (*6)

(Diálogo travado em 24 de abril de 2011, em trajeto Nevers-Paris, por via férrea.)

(*1) Esta revelação já foi feita, anteriormente, pelo incomparável médium Chico Xavier – ele mesmo, outra alma santa encarnada, para a função mediúnica. Imaginemos quão poderosas sejam essas energias, a ponto de fomentarem, como se fossem uma geratriz de força psíquica direta, tão impressionantes fenômenos de ectoplasmia, com transporte de objetos materiais, entre outros fenômenos, inconscientemente propiciados pela mente da jovem (sozinha), ou por agentes desencarnados perturbadores, que por vezes se aproveitam de tal potencial. Segundo Chico Xavier, esse incrível manancial de forças (projetado para a liberação paulatina, no decorrer da vivência maternal, durante toda uma encarnação) eclode, de uma só vez, no conhecido fenômeno paranormal, com interferência ou não de inteligências despojadas de corpos materiais.

(*2) O médium Hercílio Maes foi canal desta revelação, no século passado, na obra “Além da Sepultura”, corroborada, aqui, por Dr. Temístocles, pela primeira vez, até onde tenho conhecimento.

(*3) Esta especulação-pergunta foi provocada por meu querido irmão do Espírito, Delano Mothé, que agora é respondida e confirmada pelo Médico e Psicólogo desencarnado.

(*4) Isso aconteceu em meados da década de 1920.

(*5) Conforme as tradições budistas, o Ser que tem condições de atingir o Nirvana, mas a Ele renuncia, de molde a auxiliar as criaturas que Lhe são refratárias na evolução, acelerando-lhes o desenvolvimento, para que atinjam o mesmo nível de beatitude, de felicidade plena, espiritual.

(*6) O Orientador Espiritual fez-me uma gentil coerção: não permitiria a publicação deste tão importante (pelo conteúdo) diálogo, se eu não trouxesse a lume, igualmente, essas intimidades entre nós dois. Ei-las, então.

(Notas do Médium)


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