Delano Mothé, em diálogo com o Espírito Eugênia.
Médium: Benjamin de Aguiar.

(Delano Mothé) – O fato de Jesus Cristo ter nascido numa manjedoura, um artefato utilizado para alimentar animais, nos remete a uma relação significativa entre animal interior, criança interior e Self, estou certo? A Senhora gostaria de comentar algo a esse respeito?

(Espírito Eugênia) – Brilhante pergunta, querido Delano (*). De fato, depois da mensagem mais óbvia, quase poética, de que o Cristo Verbo da Verdade Divina veio ao mundo não em um palácio encoberto de glória, mas sim num estábulo, para nos remeter, metaforicamente, ao fato de que os “presentes de Deus” nos chegam, amiúde, por meios similares, também podemos fazer o estudo simbológico, no campo da psicologia profunda, como você sugeriu.

Não só sua assertiva está correta, no que tange a estarem imbricados, intrinsecamente, os três universos psíquicos, conforme apontado em sua indagação: a subpersonalidade animal, o anjo em semente e a criança interior, que une ambos (e favorece a transição evolutiva de um para outro), como também importa consideremos que, quando somos capazes de amadurecer neste sentido de integração das três esferas (eis por que Nosso Senhor e Mestre disse que não veríamos o Reino dos Céus se não nos “assemelhássemos” a uma criança), ainda nos chama a atenção outra alegoria: a de que o animal e a criança interiores, bem como todo o âmbito de implicações relacionadas a esses dois estratos mentais, carreiam mensagens significativas do Anjo Interior (ou Self), para o adulto que NÃO se “assemelha” a uma criança, ou seja, que não tem a pureza de espírito e despojamento de ego que o Cristo da Verdade propôs, como condição “sine qua non” para a criatura adentrar as faixas mais altas de consciência.

Jamais estimularíamos posturas irresponsáveis, no trato com instintos animais, ou faríamos apologia à ingenuidade infantil, no lidar com o mundo ultracomplexo e civilizado dos dias que correm. Propugnamos, sim, que essas duas camadas da psique sejam mais respeitadas, ouvidas e integradas à totalidade do Ser (tão reprimidas e renegadas como são, de modo geral, aos porões da subconsciência – onde se convertem em dragões devoradores da saúde e da prosperidade do indivíduo), para que não se transfundam, por exemplo, em enfermidades-mensagens ou autossabotagens-sinalizações, que não puderam ser percebidas de outra forma, por ignorância, orgulho ou teimosia (fixação a condicionamentos culturais) dos que lhes caíram nas malhas – lamentavelmente, expressivo percentual da espécie humana encarnada no orbe da atualidade.

(DM) – E haveria algum significado importante implicado no fato de Nosso Senhor ter nascido à noite?

(EE) – Sem dúvida alguma que há, porque a noite representa, de modo figurado, exatamente o que ventilamos na questão anterior: o inconsciente. A parte consciente da psique é aquela que “enxergamos” à “luz forte” do dia. Já o cosmo do inconsciente é penumbroso, quando não tenebroso, como a noite sem estrelas, e deve ser mapeado ou trafegado com o cuidado de um viajor que atravessa um deserto ou uma vegetação bucólica, quão perigosa, com animais predadores e peçonhentos de tocaia, à espera de darem o bote fatal à primeira oportunidade – o que bem nos reporta, também metaforicamente, aos elementos constituintes da psique que promovem os (igualmente mencionamos acima) processos de autoboicote, tanto na carreira profissional, quanto na vida afetiva e familiar e, principalmente, na marcha de amadurecimento e espiritualização da personalidade total.

(Diálogo travado com o Espírito Eugênia, em 26 de dezembro de 2010).

(*) Atribuo o mérito da pergunta à inspiração dos Orientadores desencarnados, se não à própria Mestra Espiritual Eugênia.
(Nota do revisor)

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