Benjamin Teixeira
pelo espírito
Gustavo Henrique.


Tente viver seu ideal, como lhe é possível.
Muitas vezes, pequenos esforços já são bastantes para gerar muita felicidade nos próprios caminhos.

Uma prece de 5 minutos no ambiente de trabalho.
Um telefonema singelo a um amigo do passado.
Um e-mail despretensioso a pessoa conhecida.
Espalhe amor e ternura, carinho e afeto (*), por onde passar.
Não espere fazer muito, para fazer alguma coisa.
Faça agora o que pode, e deixe o resto nas mãos de Deus. Porque se você não começa com o pouco, nunca chegará ao muito, e talvez descubra que veio ao mundo não para grandes coisas, que talvez o apequenassem, no orgulho (e na infelicidade que lhe é conseqüente), mas sim ter vindo para pequenas realizações do mundo externo, grandes em profundidade e significação no espírito, conduzindo-o a um destino de felicidade e de paz, ainda nesta sua presente reencarnação.

Escreva hoje cartinha do coração a alguém com quem tem pendência moral, uma aversão ou antipatia antiga e injustiçada, por exemplo; ou, por outro lado, para alguém querido que não contacta há muito tempo. Levante um caído na tristeza, no seu local de serviço profissional. Gere alegria e bem-estar onde estiver. Isto é ser útil e canalizar Deus, ainda que em pequenas medidas humanas, grandes na avaliação do Senhor.

Como disse Jesus, o Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda. E asseverou o Mestre que Seus discípulos assemelhar-se-iam ao fermento pequenino ou ao sal diminuto, que, todavia, leveda e tempera, respectivamente, a massa toda. Seja, assim, pequeno para o mundo, mas grande para Deus.

Para que mais dinheiro? Para viver em função dele? Para se preocupar com as implicações do muito possuir? Talvez o dinheiro o perdesse, para sua felicidade de hoje, e, para a outra vida, nem se comente…

Para que um grande amor? Para viver em função dele e esquecer-se de tudo o mais, o mais importante: a essencialidade de seu progresso para a eternidade, vivendo a fraternidade, a amizade e a solidariedade em relação a muitos?

Para que mais destaque social? Para comprometê-lo com mais exposição e responsabilidade, perda de privacidade e pressões variadas dos que serão influenciados por você?

Para que mais poder? Para perder noites de sono e viver aturdido com preocupações mastodônticas?

Cuide que deseje o que realmente importa para sua felicidade. Veja se não anda aspirando pelo que, tão-somente, vai confundi-lo e roubar-se a paz e a alegria de viver. E, pensando assim, compreenderá bem mais, porque, amiúde, a Divina Providência lhe nega a realização de certos sonhos que, facilmente, converter-se-iam em pesadelos, se fossem concretizados em sua existência.

(Texto recebido em 2 de julho de 2005.)


(*) Em princípio achei esquisitamente pleonástica esta seqüência de palavras irmãs no significado, mas o “Pe.” Gustavo, como carinhosamente o chama Eugênia, pediu que preservasse a aparente redundância, que preferiu chamar de “abundância de sinônimos”, com o intuito de reforçar, emocionalmente, o que ele pretendia transmitir ao leitor amigo.

(Nota do Médium)