Sou foco de uma bateria de impropérios, por parte de forças da desagregação, que assestam seus dardos mentais venenosos contra todos(as) que se propõem a fazer o melhor pelo bem da coletividade.

Não poderia ser diferente comigo: sou ser humano, submetido à mesma ordem de vicissitudes sofridas por quaisquer outras pessoas, sem nenhum sistema de privilégio que me proteja. Amiúde atravesso situações bem dolorosas e delicadas, em exaustivos conflitos diários, comumente durante horas consecutivas, enquanto prossigo, no correr dos anos, cumprindo meus deveres cotidianos.

Encontro-me, há mais de três décadas, debaixo de uma saraivada de condenações de agentes desencarnados(as) e suas organizações do mal, que visam levar-me à desistência do trabalho que desenvolvo, publicamente, no combate a uma numerosa gama de preconceitos, com base em uma abordagem sumamente cristã e racional.

Em pugna declarada pela defesa de uma significativa quantidade de causas humanitárias, sobremaneira de minorias, esforço-me, diante das câmeras de TV e, mais recentemente, no universo das redes sociais da internet, por atender, sob inspiração dos(as) orientadores(as) espirituais, as aspirações de mulheres e homens da atualidade, ao menos no sentido de lhes arrefecer as angústias mais agudas.

Hoje, acordei atordoado, ainda ouvindo o eco das vozes sarcásticas e cínicas que me vituperavam, em uma aluvião de energias desdenhosas e hostis. Uma delas, masculina, destacava-se, em meio a outras mais vulgares e deselegantes, que não valem ser reproduzidas:

– Como você pode ser tão simplista, maniqueísta e ingênuo?! O que você está ganhando, expondo-se tanto e há tanto tempo? Não tem senso de ridículo? E em benefício de quem ou do quê? Essa humanidade já está perdida, há muito tempo! Não nota como os sinais são óbvios? Deixe de ser tolo e vá se ocupar com algo mais inteligente e que lhe traga melhores frutos de ganhos pessoais!…

Misericordiosamente sustentado pela Espiritualidade Sublime, que acompanhava o episódio, a certa distância, voltei-me para o interlocutor, que me parecia o chefe da turma de ataque, e respondi, tão somente:

– Não me importa a dimensão de impacto que minha contribuição cause, e sim a qualidade do que posso oferecer. Sei que os argumentos e discursos da maldade, do pessimismo ou da frivolidade têm muito mais ressonância na mente popular. E estou cônscio do quanto sou observado com desconfiança. Todavia, ainda que consiga realizar muito pouco, jamais desistirei de divulgar a mensagem da esperança… porque se nós, criaturas humanas, desistirmos da esperança, o que, francamente, poderá restar a quaisquer uns(umas) de nós?…

Dito isso, vi-me completamente reintegrado ao organismo de matéria densa. Eugênia-Aspásia, nossa distinta mestra espiritual, ato contínuo, sussurrou-me à acústica mediúnica:

– Você deve registrar essa experiência e publicá-la, no intuito de motivar outros corações que estejam padecendo ataques similares, seja na intimidade de seus lares, com entes queridos, ou nos campos de batalha das atividades profissionais, acadêmicas, políticas etc. Auxilie essas almas de boa vontade, com uma “côdea de pão” de estímulo, a seguirem bravamente, na labuta ininterrupta pela vitória do bem comum, pela dignidade de todos(as), em prol da vida e da sobrevivência da civilização humana neste planeta!…

Eis aqui, então, amigos(as) leitores(as), meu relato singelo, em tom de narrativa despretensiosa. Espero, de algum modo, incentivá-los(as) a seguirem em suas pelejas evolutivas, portas adentro de seus espíritos, quanto nas arenas complexas dos relacionamentos interpessoais, dos mais próximos aos mais distantes…

Benjamin Teixeira de Aguiar
Bethel, CT, região metropolitana de Nova York, EUA  
10 de dezembro de 2020