Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Diante de problemas e dificuldades ingentes: oração, paciência, humildade e temperança…

Sentindo o coração baquear, com a ingratidão extrema a que se confiam entes queridos e beneficiários da véspera: perdão, prudência e muito amor…

Mais prático, em qualquer problema relacional, assumir a responsabilidade pelo que esteja acontecendo, ainda que a parcela própria de culpa seja menor que a do outro envolvido. Fazendo isto, mais facilmente o outro lado percebe sua falta e a reconhece, desculpando-se por sua vez (o mesmo princípio valendo quando há vários elementos enovelados na trama).

Para que querer “ter razão”? Para que “sair por cima”? O orgulho é muito caro. Suas conseqüências são sempre desastrosas, mais cedo ou mais tarde, normalmente tanto cedo como tarde. Prefira a felicidade, a paz e o equilíbrio íntimo e inter-pessoal, no seio de dramas e pendências com amigos, colegas, familiares ou estranhos; e, deste modo, haverá logrado grande conquista, ante seus mentores espirituais, diante da própria consciência e perante Deus, garantindo-se mais fortaleza e capacidade resolutiva nas crises do porvir, que naturalmente virão. Esta é a atitude da pessoa realmente madura, de fato inteligente e mesmo genuinamente pragmática.

Repito: o orgulho exige um preço muito alto, principalmente de quem se lhe faz hospedeiro. Prefira passar por bobo ou por relapso, mas não renuncie à sua paz. A justiça completa só a Deus é acessível. Assim, quem sabe se até você não está com tanta razão quanto supõe estar? Melhor abdicar de vencer na disputa fraterna – antes que se converta em embate de inimigos – ainda que tenha convicção de estar mais do lado do bem que a outra parte; porque, se está realmente mais do lado do bem que o outro, seu mérito será maior se ceder à posição de triunfo; e, se não, estará se poupando de ser mais injusto do que já estaria sendo e atrair débito em acréscimo ao existente para si, na conta cármica que se avultaria em seu destino.

(Texto recebido em 23 de janeiro de 2006.)