(Boletim de Expansão e de Atividades do Salto Quântico nº 3.)

[O legendário produtor David O. Selznick (1902-1965) levou duas horas para conseguir a pose desta foto publicitária (por ele mesmo dirigida), que considerou perfeita a retratar, em síntese complicada, o misto de amor e ódio que unia as personagens centrais da inolvidável saga de “E o Vento Levou…” (“Gone with the Wind”), a peça ímpar de longa metragem (3h42min), lançado em 1939.]

por Benjamin Teixeira.

Queridos Amigos:

‘Tava demorando… Após sentir-me lentamente retornando ao normal, a partir de sexta-feira próxima passada (como publicamente festejei, na preleção do último domingo – e que pode ser assistida, por este site mesmo, clicando-se em sua postagem abaixo)… conferindo-me até a honra de me chamar de “abelha-mãe parida”… igualmente me introduzindo, a plenos pulmões, no trabalho frenético pela nossa Causa, meu organismo chiou… e a caldeira quase explode, novamente.

Pois é. Nesta terça-feira, entre 11h e 13h, tive dois picos de hipertensão, o primeiro chegando a incríveis (e preocupantes) 17/12. Utilizei, nas duas ocasiões, dose máxima de medicamentos permitida para terapia anti-hipertensiva. Só não se cogitou em imediata internação hospitalar, porque, em considerando minha condição mediúnica de intensiva interação com forças e impressões externas à minha personalidade, introduzir-me, fragilizado, numa instituição de saúde, poderia constituir um “tiro pela culatra” ou uma “emenda pior que o soneto”, ou ainda, para os mais lógicos, pouco afeitos às metáforas pictóricas do idioma: motivo para adoecer bem mais.

Jazia impossibilitado até de falar ao telefone, tamanha a dispneia que me confrangia, além da medonha cefaleia – que podem surgir como componentes do quadro sintomatológico de uma crise de hipertensão. Em questão de segundos, Dr. Temístocles, médico desencarnado, visitava-me, ladeado do enfermeiro Roberto Daniel, com duas freiras ajustadas a tarefas em casas de saúde – igualmente despojados de corpos físicos –, enquanto Delano e Wagner permutavam-se entre me apoiar sentado e ditar-me as orientações dadas, ao telefone, por Ana Cristina (médica – clínica geral – e médium, acompanhada, por sua vez, de Hans, médico alemão desencarnado).

(Ana Sá, Delano Mothé e Wagner Mendes – médica, irmão do espírito e cônjuge de Benjamin, respectivamente.)

O cenário seria cômico, não fosse trágico. Tinha ânsias de rir… de, mesmo, desatar-me a gargalhar, não fosse o perigo real de um AVC (por exemplo), que crises hipertensivas apresentam. Por dentro, me dizia: “Sim, sapão gordo, você até parece merecer esta assistência toda!…” E me ria, também para dentro, porque o corpo simplesmente não tinha condições de manifestar meu humor, com o gosto que me daria comprazimento, diante do show pastelão a que meu ego, sarcástico e ácido (na autocrítica, em particular), assistia, de camarote – desculpem os amigos e leitores mais sensíveis, com esta parte do desabafo, que sei lhes ferir os corações, mas, para mim, é impossível não incluir este item ao relatório do dia.

Resultado: após três semanas de a mesma equipe médica interdimensional ter-me atendido, solicitando-me um rigoroso período de “quarentena”, que, entendendo-o metafórico, suspendi em duas semanas de iniciado, fiquei sabendo, da pior forma – por uma desagradável recaída –, que era para ter sido literalmente um espaço de 40 dias (origem etimológica da palavra “quarent-ena”). E quarentena sabem de quê? De contatos humanos – que tal? Esta é a parte mais engraçada, para não dizer patética, da situação, porque eu lido com gente, não só encarnada, como desencarnada, durante o dia inteiro… todos os dias(!), por meios presenciais ou eletrônicos!

Ana-Hans queriam me proibir até de apresentar o programa de televisão e de proferir a palestra de domingos, como chegaram a lograr suspender minha participação por duas semanas na TV e levaram-me a realizar as conferências no escuro e sem me despedir de ninguém, no mesmo período, por causa do apoio da outra dupla: Temístocles-Roberto. Mas, desta vez, esta outra dupla (Roberto e Temístocles) do lado de lá (risos), defendendo minha honrosa filosofia de vida “workaholic”, de imediato rebateu, com muita ênfase, que isso iria, definitivamente, me adoecer de vez, ou, como diria meu caro Delano: “jogar a pá de cal” – adoro este dito do “tio Dê” (kkkkkkk). Foi quando, então, já verbalizando o resultado do debate entre os três profissionais desencarnados da área médica, minha irmã do espírito Ana disse a Delano (neste momento era Dê quem intermediava Ana para mim, ao celular):

– Só não digo que ele não faça os programas e as palestras, pelo transcurso destes 40 dias, porque isso o estressaria mais ainda…

Ato contínuo, respondi, com o tom de veemência que me era possível, dentro da crise de hipertensão-dispneia:

– Pois diga a ela que não aceitaria de modo algum cancelar a feitura de programas e palestras, como também não evitarei abraços ao fim das palestras… ainda que eu fique psiquicamente “entrelaçado” (*2) a alguns companheiros menos equilibrados psicomoralmente, durante algumas horas, após o encerramento das reuniões domingueiras do Salto Quântico.

Ana não se fez de rogada, e pediu que Dê retransmitisse a mim, jogando duro (risos), inobstante a postura respeitosa e cordata que lhe são peculiares, inalteravelmente:

– Ele faz o que quiser, porque é livre. Como médica, porém, eu discordo!

Assim, prezados amigos, por este ato público, para simplificar todas as manobras de explicação de motivos que meus tão dedicados auxiliares seriam compelidos a empreender, venho declarar que, pelo restante deste ano de 2009 (os tais 40 dias): não poderei atender a ninguém em consultório, e, provavelmente, os atendimentos em outras circunstâncias, que costumo fazer a alguns amigos em minha casa, estarão, outrossim, suspensos, até segunda ordem. Da mesma maneira, não acontecerão o próximo retiro espiritual, que se realizaria na Praia do Saco, nem o seminário em torno do filme “Revólver”, ambos programados para este interlúdio. Estão, desde já, portanto, transferidos para o mês de janeiro de 2010.

Quanto aos abraços, prometo esforçar-me por estar disponível para tanto, ao final desta próxima palestra mesmo, embora não possa garantir coisa alguma. Quanto a fazer a preleção imerso na penumbra, no entanto, posso oferecer minha garantia de que isso não será necessário. Não estou com a “cara carregada” dos dias anteriores – o que justificou a medida, para não preocupar excessivamente algumas pessoas mais amorosas, de quem muito me compadeço. Assim, dou-lhes minha palavra de que estarei, no nosso encontro domingueiro, sob efeito da luz (física – risos –, a única que posso prometer – risos) e, provavelmente, como me é habitual, não denunciarei “cara de doente”, porque, neste trabalho, aprendemos a calar nossas questões pessoais, para viver em função do ideal do bem comum.

Neste período, estarei mais dedicado às minhas funções de gabinete, secundado pelo meu “príncipe encantado encarnado” Waguinho, sobremaneira as psicografias, meditações, orações, e as que concernem à edição e produção do “Salto Quântico – o Filme”, como anunciado na conferência da semana passada.

Beijos nos corações de todos,
Irmão em ideal de Cristo,
Jesus e Maria Cristo,
Benjamin Teixeira (Mamin).

(Texto redigido na madrugada de 18 de novembro de 2009).

(*1) Talvez fosse dispensável dizer, mas prefiro publicar, para que meus tão devotos amigos não sejam acusados de alguma “injustiça” para comigo: os meninos do departamento de edição protestaram ardorosamente, como depois fizeram coro os diretores e integrantes de outros setores de nossa Casa, mantendo a cara feia, durante todo o tempo (e até agora por sinal – é quando eu mais me divirto, não sabem eles), por eu ter determinado (líder tem seu poder de usar o veto e o voto dominante ao fim, nestes momentos… isso é bom – risos) o título deste Boletim, nesta brincadeira de “adulteração” (vejo como adaptação) da famosa expressão popular “A vaca foi pro brejo”, com o título do mais festejado clássico de todos os tempos: “E o Vento Levou…”, referindo-me a este sapo gordo que escreve, é claro! (risos)

(*2) Alusão ao conceito da Física Quântica, para explicar certos fenômenos paranormais de telepatia, por exemplo.

(Notas do Autor)

(Existe outra publicação de texto, feita nesta madrugada, abaixo desta postagem, na interface do site, singela mas impactante, do padre Gustavo Henrique: “Invertendo a Posição com os Pais”. Você pode acessá-la, como fica autoevidente aos mais “rodados” de internet, no próprio título em azul (neste aviso) da dita mensagem. Ao final dela, há a indicação do artigo que será utilizado no Grupo de Estudos da quarta-feira, em Aracaju – sugestão, igualmente, para todos os núcleos Salto Quântico, no país ou no exterior, que também mantenham grupos de estudo neste dia.)


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