Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia
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Há doentes da alma, que vivem cheios de angústia e tristeza – estão condenados ao inferno eterno de suas dores morais, enquanto estiverem assim. Mas eles não se julgam doentes.

Há doentes do intelecto, que vivem mergulhados em negação, cepticismo, desespero e cinismo, e consomem-se em pesadelos intermináveis, enquanto estão assim. Mas eles, igualmente, não se consideram enfermos.

Há, todavia, aqueles cuja disfunção já desceu ao corpo. Sabem que estão com um problema e se esforçam para resolvê-lo, e pedem ajuda, e são tratados. Estes, de fato, estão em vias de cura, de libertação, no rumo da verdadeira felicidade. Estes têm consciência de sua moléstia, mas estão mais próximos que todos da saúde genuína, completa.

Há doentes e doentes. Que o corpo seja a esponja de nossa alma, a lhe absorver as impurezas. Que nossa alma seja a vassoura do corpo, a dele expelir os elementos tóxicos, pelos bons pensamentos, sentimentos e atitudes. Que nos tornemos, quanto antes, e que estejamos desenvolvendo, dentro de nós mesmos, o ser integral que todos buscamos ser, para o alcance pleno da felicidade e da paz.

(Texto recebido em 7 de novembro de 2002.)