Benjamin Teixeira pelo espírito Eugênia.


Cruentas disputas de ego cercam-lhe os passos. Gente querendo destaque a todo custo, carências, complexos, neuroses e frustrações pessoais projetados em trabalhos nobres, de ordem coletiva, de valor intemporal. Isso o deixa, amiúde, preocupado e tenso.

Recorde-se, porém, prezado amigo, que tais ocorrências são perfeitamente esperáveis no mundo de trevas em que vive. De tal modo é inexorável essa injunção no planeta, que os Diretores invisíveis da humanidade terrícola contam com esses auxiliares problemáticos para fazê-la avançar, na senda do progresso, ainda que aos tropeços. Na falta de trabalhadores melhores, faz-se uso do que se tem em mãos.

Com isso, não insinuamos que se deva fazer vistas grossas a comportamentos mesquinhos, principalmente quando chegarem ao ponto de comprometer o andamento da obra de Deus. Sempre que o essencial: a Divina Vontade, estiver posto em risco, os elementos humanos devem ser convidados a se adaptarem ou baterem em retirada. Todavia, até que se chegue a esse nível gritante de urgência, utilize-se, sobejamente, dos recursos que a boa vontade, a caridade e o espírito psicológico lhe sugerirem, para suavemente persuadi-los de seus erros e guiá-los, sutilmente, à corrigenda.

Não se deixe mais engolfar por energias desestabilizantes. As Forças das Trevas apelam, com frequência, para táticas de disseminação de desarmonia, desavenças e malquerenças, entre grupos fraternos, fazendo com que companheiros de ideal se vejam com desconfiança, quebrando a força do conjunto, bloqueando a criatividade e mesmo o fluxo da função a ser prestada pela equipe, e não por indivíduos apenas.

Não se pode ser conivente com o mal, mas não se pode, por conta de defender o que se julga precioso, lidar com conflitos, como reza o ditado popular: na ponta da faca. Como o orbe terrestre é lugar de terríveis desencontros vibratórios, em que o bem sempre está permeado de mal, cabe a cada um, no trato com os semelhantes, fazer uso constante de princípios de empatia, de diplomacia e de psicologia, ao passo que, na plana pessoal, esquivar-se continuamente, pela vigilância da atenção constante, de se deixar impregnar pelas ininterruptas induções deletérias que tentam envolver a todos a todo tempo.

Ore, medite, relaxe, descanse, desvie o foco do pensamento para ideias tranquilizantes. Quem lhe quer mal labora por lhe tirar o fio de sintonia com o bem e cabe-lhe lutar continuamente por mantê-lo, realimentá-lo ou recuperá-lo, sempre que, por qualquer razão, tenha saído de sua faixa.

E, em última análise, estando em momento de tempestade, asserene-se e aguarde – esse mau instante também passará, e logo estará você reconduzido à casa da tranquilidade e da paz.

(Texto recebido em 18 de março de 2001)