Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eustáquio.


Hoje asilas n’alma desespero aparentemente sem solução. Viste a última muralha de resistência de tua fé ruir fragorosamente, ante os tufões incontroláveis do “destino”. Pensaste, consigo: “Não há mais como seguir – preciso abrir falência de mim mesmo, a fim de retomar os cacos do próprio espírito e concatená-los como possível.”

Revê, porém, este ponto de vista. Quando mais escura se faz a madrugada, é sinal de que o alvorecer está para chegar. Pensa que, por mais duro seja o momento que atravesses, logo mais a Divina Providência te propiciará recursos compensatórios, a fim de que possas prosseguir, trabalhando e servindo, amando e ensinando, aprendendo e crescendo sempre.

Canaliza a dor da decepção, para a construção de paradigmas novos de fé e de ideal. Aproveita o ensejo do desastre, para refletir sobre caminhos melhores para trajetórias futuras.

Não te rendas ao culto da revolta, nem acredites nas insinuações sinistras do mal, que te isugerem impossibilidade de recomeço. Sempre é possível recomeçar. Este universo pertence a Deus e o Criador jamais desespera de nenhuma de Suas criaturas, ofertando-lhes oportunidades renovadas, ao infinito, de crescimento, melhoria e felicidade.

És hoje vexilário da fé, justamente se te encontras em situação crítica de angústia e de perda total de rumos. É nestes instantes augustos da prova que mais se mostram adequados os testemunhos da confiança em Deus e na força do bem.

Assim, soergue-te sobre os próprios pés e segue. Tudo vai passar, tudo vai acabar bem. Tu é que não podes parar.

(Texto recebido em 29 de maio de 2005.)