Benjamin Teixeira
pelo espírito
Gustavo Henrique.


Cobraste santidade de teu líder, professor, pai, amigo ou cônjuge, e saíste do convívio dele, cheio de razões, raivas e mágoas, como se houvesses sido traído na própria confiança…

Cuidado, amigo!… É bem provável que este alguém – de quem reclamas tributos especiais de virtude – esteja fazendo muito mais do que se lhe é cobrado, e ainda pode ser uma alma nobre reencarnada, arrastando-se pelas trevas do mundo físico, exaurida de tanto se dar, para prestar um serviço pelo bem comum.

Por outro lado, teu senso agudo de decepção para com ele não revelaria algo de ti? Não eras tu que desejavas levar vantagem, beneficiando-te muito, enquanto davas pouco ou nada em troca? Assim, ao supores ver um canalha num ser humano esforçado e sacrificado, apenas por ele não te ter dado o que e o quanto esperavas dele receber, podes estar, tão-somente, demonstrando a própria tendência à canalhice.

Adianta-te ao perdão e à generosidade, enquanto é dia, porque quem hoje segue robusto ao teu lado, ou mesmo à distância (mas ainda acessível ao toque e à fala direta), talvez não esteja amanhã. E, do outro lado da vida, não deves contar com poder encontrá-lo facilmente… porquanto, prezado irmão… ele pode ser bem diferente de ti… Será, então, tarde demais para te ressarcires ante o companheiro, por tua ingratidão e injustiça, pois que ele já estará em outra faixa vibratória, e tu contarás, tão-só, com o peso do próprio carma…

(Texto recebido em 25 de junho de 2007. Revisão de Delano Mothé.)