Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.

Gostaria que recebesse algumas idéias para publicar no site.

Certo. Sobre quê, Eugênia, você gostaria de discorrer?

Gostaria de discorrer sobre o terrorismo no Oriente Médio e no mundo.
Enquanto norte-americanos se considerarem donos do mundo; europeus, a aristocracia da Terra; e os asiáticos, a elite cultural, não teremos outra alternativa senão o ataque insidioso de agentes ensandecidos, de toda sorte de elementos sigma-5 (*) e de sociopatas de todas as categorias. O terrorismo é uma espécie de agente canceroso no tecido social da humanidade terrícola. E, assim como os cânceres se desenvolvem – como afirmam estudos oncológicos mais completos – quando raivas e frustrações profundas são reprimidas, o mesmo acontece em relação à civilização hodierna. Por detrás da boa máscara de democracia e civilidade, uma série de interesses mesquinhos e escusos é ocultada, de modo que somente por meio da “somatização sociológica” do evento terrorista a consciência planetária poderia acordar para tal ordem de alienação coletiva, de cisão de partes do todo global, de conflitos intestinos camuflados, imperfeitamente, entre etnias e nações, na malha das relações diplomáticas internacionais.

Eugênia, francamente, temo o Armagedom nuclear ou bacteriológico, ante a presença, no globo, de tantos lunáticos informados e armados, em número crescente. O que teria a nos dizer sobre isso?

Quando alguém está enfermo, o que os médicos sugerem? Seguirem-se as prescrições do receituário, e, por fim, repousar. Também se diz, quando uma moléstia é grave, que a Medicina faz a sua parte, mas que o organismo e Deus devem fazer o resto: o mais importante – a reação da cura. Exatamente o mesmo se dá, nessa dimensão macrocósmica. Não há motivos para pânico, como nunca há. Deus sempre vela por tudo. O pior que pode acontecer a uma criatura na Terra é sua morte física, e isso constitui, tão-somente, a libertação do cárcere de carne. Por isso, deve haver, por parte de religiosos e espiritualistas de uma forma geral, uma atitude operante, sim; militante, sim; – no sentido de mobilizar recursos humanos e materiais para pacificar a Terra e evitar o apocalipse – mas de modo algum deve haver qualquer fuga do melhor padrão de serenidade e confiança no Criador, que, por detrás do caos aparente, percebido por nossas limitadas inteligências humanas, tudo coordena, para uma ordem implícita, num nível mais profundo de complexidade, além de nossas possibilidades perceptivas atuais.

Certo. O que nós, como cidadãos brasileiros (a maior parte de nosso público), poderíamos fazer, para cooperar com a transição crítica que atravessamos de uma era belicosa para uma pacífica?

Vivenciar a paz, em todos os níveis possíveis, a começar por si próprio. O hábito da prece, da meditação, da leitura nobre, do convívio fraterno com irmãos em humanidade. Toda sorte de iniciativas que fomentem solidariedade e concórdia entre os homens será ótima para que concorramos para um futuro feliz da Terra.

Mais algo a dizer sobre isso?

Reforçando o que dissemos: que cada um faça sua parte, mas que ninguém se esqueça de que existe uma Inteligência Infinita por detrás de tudo, e que, portanto, não precisamos pretender tomar-Lhe o lugar, e, assim, relaxar e fluir, em paz, rumo ao melhor, em todos os sentidos, dentro do possível e não propriamente do desejável, porque, feita nossa parte, estejamos certos: Deus fará a d’Ele.

(Diálogo travado em 13 de março de 2004.)

(*) Segundo conceituação de estudiosos modernos, ínfimo percentual da população que é capaz de cometer atos de total estultícia genocida, com eficiência e brilhantismo, como Bin Laden.

(Nota do Médium)