Benjamin Teixeira, em diálogo com o espírito Temístocles.

Após uma hora e meia de conversação psíquica com Eugênia, fiz uma breve e muito leve refeição, ao cair da tarde neste quase-inverno dos Estados Unidos (temperatura oscilando em torno de 0ºC), e tornei ao computador, para receber o artigo a publicar no site. A mentora espiritual notificou que não seria ela a emitir a lição, nesta oportunidade, pedindo-me que abrisse os canais mediúnicos para outra personalidade do Plano do Bem. Assim, desfocando, provisoriamente, meu psiquismo da freqüência da mestra desencarnada – mas mantendo o diapasão na faixa da Espiritualidade Amiga, para impedir a intromissão de agentes perturbadores dos níveis mais baixos de vibração –, lancei a pergunta mental que se segue, elemento seminal do diálogo mediúnico hoje publicado como “mensagem do dia” neste nosso sítio eletrônico.

(Benjamin) – Olá, amigos espirituais. Algum de vocês deseja falar alguma coisa?

(Temístocles) – Sim. Como está, amigo? Temístocles quem fala.

(B) – Olá, Temístocles! Bem. Deseja travar um diálogo ou prefere um monólogo?

(T) – Conversemos.

(B) – Algum tema o traz em particular?

(T) – Sim. A busca do significado.

(B) – Nossa! Um tema filosófico basilar.

(T) – Sem dúvida.

(B) – O que nos diria sobre?

(T) – Que o significado está no significante.

(B) – ?

(T) – O que imprime significados aos eventos da vida não é a razão que analisa, nem o ego que decide, conforme interesses próprios; muito menos os instintos, que propelem, cegamente; mas o coração humano, no campo do ideal, dos sentimentos, dos valores, dos princípios. Isso – e apenas isso – distingue-nos dos brutos, dos animais e das máquinas.

(B) – Excelente.

(T) – As pessoas se embaralham deveras, no estabelecer metas satisfatórias para si, na Terra de hoje, porque querem substituir sentimentos por emoções intensas; e causas, por paixões arrebatadoras. Nunca se encontrarão, em profundidade; jamais se poderão realizar, verdadeiramente, seguindo esta rota, por conta da lei inexorável da vida, que impele todas as criaturas conscientes ao processo de ascese. Permutar o espírito pela empolgação; a alma, pela matéria, equivaleria a se trocar, de modo absoluto, em uma dieta diária, água potável por álcool etílico.

(B) – Interessante. Concordo, enfaticamente, que as pessoas confundem muito sentimentos com emoções; “coração”, com paixões. Por isso lhe perguntaria: teria alguma dica ou sugestão prática para ajudá-las a distinguir uma esfera da realidade de outra?

(T) – Unicamente por meio da busca da paz, do sentimento de dever cumprido, de realização pessoal, pelas vocações e intuições vivenciadas. E quem não conseguir apreender as implicações práticas desta minha assertiva, julgando-a insuficiente para solucionar suas pendências existenciais nevrálgicas, terá que sofrer o embate dos impulsos primitivos dentro de si mesmo, até que se sature deles, sentindo, genuinamente, necessidade de algo mais complexo, abrangente e realmente plenificante.

(B) – Um-hum. Mais algo a declarar?

(T) – Não. É tudo que tenho a dizer por hoje sobre o assunto.

(Diálogo entabulado em 29 de novembro de 2007. Revisão de Delano Mothé.)