Benjamin Teixeira
por espíritos
incógnitos.

Algo desejam sugerir como tema hoje?

Sim. O medo da morte.
O medo da morte costuma surgir como uma força motriz para a vida. Quem se afasta dos sagrados impulsos de realização, transformação e edificação do melhor é arrastado para suas teias, como forma de depuração de graves equívocos por que envereda.
Quem muito teme a morte, teme não estar vivendo plenamente.

Já que a tanatofobia, o medo da morte, é o medo basilar, a partir do qual todos derivam, poderíamos dizer que as fobias seriam também alertas de desvio de rota, de destino?

Sim. Quem teme a morte ou teme muito alguma coisa está precisando re-ligar-se às forças que conduzem ao progresso e à trascendência.

O que vocês sugerem seja dito às pessoas torturadas pelo medo? As idéias que expenderam até agora, creio, podem-lhe soar abstratas ou distantes demais de sua realidade afligente.

Elas não têm alternativa a não ser destrinchar os elementos profundos que compõem o seu terror. Para isso, devem procurar auxílio psicoterápico de acordo com suas afinidades, tendências psicológicas e predisposições de caráter, mas, principalmente, devem buscar a espiritualidade, a conexão com Deus, uma prática religiosa do seu agrado, já que não pode haver vida plenamente vivida sem um sentido de propósito, e é praticamente impossível uma experiência profunda e espiritual de propósito sem a vivência religiosa.

Então…

Essas pessoas estão se sentindo desamparadas e impotentes ante os perigos e forças ingentes da existência, que parecem cercá-las por todos os lados e tragá-las para a goela sangüissedenta da destruição. Sentindo-se albergadas no seio do infinito amor de Deus, e pondo em prática as intuições de significado e finalidade em suas vidas, todo o horror que as torturava simplesmente perde fundamento e se dilui, até a total extinção.

Mais alguma coisa a dizerem sobre o tema?

Não.

(Diálogo travado em 18 de junho de 2002.)