Benjamin Teixeira pelo espírito Eugênia.

Alhures foi dito que ser mãe é padecer no paraíso. Esse enunciado deveria ser alterado, para lhe revelar a verdadeira essência e assim ser apresentado: ser mãe é estar no paraíso, independentemente da circunstância.

O amor comunica, edifica, desenvolve, transforma, pacifica, plenifica. O amor dá propósito, conteúdo e significado a tudo, dá uma razão de ser, de existir, um motivo para lutar, sofrer, construir, dá um sentido à vida…

O amor é a quintessência da condição senciente. Já foi dito, por grande poeta ianque: Um ser humano amar outro é a maior e mais difícil das realizações, para a qual todas as outras constituem mera preparação. E que experiência de amor pode ser maior que a de fazer brotar do próprio ventre um ser carne da própria carne e nutri-lo com a seiva do próprio seio? Que vivência de amor pode ser mais profunda que estar ligada, durante nove meses, biológica, psíquica e emocionalmente a outro ser humano? Que contato pode ser mais espiritual, físico, completo e pleno entre duas almas?

Ser mãe é exercitar angelitude, no desdobramento do amor incondicional. Ser mãe é manifestar a pouco e pouco a própria divindade, no campo da co-criação com o Ser Maior.

Você, prezada amiga que foi presenteada com a dádiva singular da maternidade, que teve a honra, a graça e a glória de ser mãe; você, mãe pela alma, que não precisou parir no corpo para gerar no espírito o coração eleito de seu afeto irrestrito; você mãe no corpo feminino, você mãe em corpo masculino; você mãe de ideais e causas coletivas; mães da Humanidade: é dia de todas nós, que nos resolvemos abrir a alma à gestação do amor, é dia de todas nós que nos permitimos desvirginar a coragem, para ficar grávidas de felicidade, e parir oportunidades melhores de crescimento e paz, com a seiva límpida de nosso amor. É dia de todas nós, que, a despeito de nossa raça, nacionalidade, idioma ou cultura, prestamos culto ao Criador, em nosso ofertório permanente de carinho, ternura e serviço, construindo um mundo melhor… É dia de todas nós que, no corpo ou fora dele, prosseguimos como Canais do Altíssimo, disseminando, por todo o globo, a paz, a concórdia e a felicidade…

(Texto recebido em 10 de maio de 2001.)