A paisagem coberta de neve, as árvores comatosas, quase mortas, a vida humana comprometida com as dificuldades ingentes das intempéries relacionadas ao inverno rigoroso… Tempestades de neve, ventanias geladas que ameaçam destruir a fiação elétrica, mergulhando residências e estabelecimentos no horror do frio mortífero, sem calefação… Isolamento, hipotermia e provável morte, se um veículo tão só enguiçar numa estrada menos movimentada e não houver sinal de celular – o que não é muito raro, em regiões mais ermas e de relevo acidentado.

Sua existência pode estar assim… ou, ao menos, você pode assim estar se sentindo. Você doou o sol de suas melhores energias e sincera disposição de servir e ser útil, e, mais uma vez, pela enésima vez, recebeu, como resposta à sua ação benemérita, rajadas impiedosas do frio da ingratidão e do gelo das cobranças mais injustas e descabidas… Sobrevieram-lhe, então, as tempestades de neve da hostilidade e mesquinharia dos interesses egoicos feridos de quantos se julgam em condições de julgá-lo(a), dando-lhe a impressão de adentrar uma temporada arrasadora de adversidades, em que não vê perspectivas de melhora ou solução para o quadro sinistro.

Recorde-se, no entanto, prezado(a) amigo(a), de que houve outras invernias como esta, no passado, e que, através da persistência em fazer o bem a todos(as), indistintamente, você assistiu ao espetáculo miraculoso, graças à Misericórdia e Justiça Divinas, da transformação dos vazios e melancolias indizíveis em extraordinário calor de entusiasmo, esperança e ainda maiores realizações benfazejas…

Há também estações, nas existências dos(as) centrados(as) exacerbadamente em si e em seus dramas de capricho pessoal não atendido, sem utilidade nenhuma ao bem comum. Para esses indivíduos, que ousam atrapalhar as jornadas de trabalhadores(as) do(a) Senhor(a) com obras em larga escala, onerando-lhes a já árdua missão de mensageiros(as) da evolução: os invernos se fazem polares e enlouquecedores, as primaveras aparecem pobres de cores e flores de alegrias mirradas, os verões se convertem em antecâmaras das regiões infernais, para as quais já se encaminham, e os outonos se transfundem em devastadora perda de todo viço, esperança e motivação para viver…

Apiede-se dessas pobres criaturas, relevando sua má atitude e deixando-as passar. Se não a elas, que reagem mal ao bem que lhes dedica, leve o benefício de seus serviços adiante, a outras pessoas, mais receptivas e sensíveis, melhor sintonizadas com a Faixa do Amor e da Sabedoria, que constituem o solo fértil a que Se referiu JESUS, propício à germinação das sementes de transformação para a felicidade que você, em Nome de Seus Maiores do Plano Sublime de Consciência, lança e vem sempre lançando, há tanto tempo, por suas trilhas existenciais afora…

Deus a abençoe, alma boa e devotada, que persevera, depois de atravessar tantas e tão difíceis estações provacionais, desde a tenra juventude à plena madureza, sob as quais a esmagadora maioria das personalidades haveria sucumbido… desafios ciclópicos estes que fulminariam expressiva parte delas, já nos primeiros testes. Reportemo-nos novamente a Nosso Mestre e Senhor JESUS: “Aquele(a) que perseverar até o fim será salvo(a)!…”

Espírito Gustavo Henrique
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar
New Fairfield, Connecticut, EUA
15 de fevereiro de 2017