Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito Temístocles.

Você observa alguém com reserva, se não mesmo com desdém… Essa pessoa pode representar o que você está longe de compreender… Não sabe quem ela pode ser, quando liberta de um corpo de matéria densa. Obviamente que é humana e porta defeitos. Mas será que você tem noção de quem ela realmente é, por detrás da aparência de normalidade que as almas mais avançadas fazem questão de manter, quando em passagem pela superfície do orbe, para cumprirem mandatos especiais de trabalho?

Há sinais inequívocos em torno dos Representantes do Bem, tão mais fortes quanto mais estiverem endossados pelas Autoridades Celestiais de que são porta-vozes. Não se trata de uma disputa mesquinha e primária de provar quem está com a razão, mas de um alerta a reconhecer aqueles que desfrutam, de fato, a Tutela do Plano Maior de Vida, para falarem em nome das Faixas mais Altas de Consciência, enquanto permanecem no domínio físico de existência.

Cuidado com prejulgamentos. Muito fácil seguir os padrões de moralidade de uma época e lugar, de uma cultura específica, inclusive de segmentos religiosos, com suas exegeses de escrituras sagradas que variam de púlpito a púlpito, de igreja a igreja. Lembremos dos horrores perpetrados, no passado, por religiões formalmente organizadas. Os profetas legítimos, via de regra, foram tratados, por seus contemporâneos, como impostores, depravados ou imorais, quando não como agentes de forças do mal. Hoje, erros clamorosos do mesmo gênero continuam a acontecer, proporcionalmente aos parâmetros atuais de costumes e valores. Assim, há muita falsa moral nos dias que correm, e quase sempre ela se manifesta em hipocrisia farisaica, no conservadorismo que entrava o progresso de comunidades e indivíduos.

Repetir textos da Bíblia ou clichês de quaisquer cânones de “verdade inquestionável”, para justificar posturas discriminatórias contra quem pensa ou age de modo diferente, foi exatamente o que fizeram os religiosos e classes ilustradas que perseguiram, julgaram e sentenciaram à morte por crucificação o Maior Enviado do Céu que a Terra já viu e jamais tornará a ver igual.

“Pense fora da caixa”, dizem os anglófonos. Seja inteligente o bastante para ir além dos esquemas de avaliação circunstanciais a seu ambiente e formação cultural, ou restritos à era em que você vive. Recorde-se de que o que hoje é defendido por conservadores, como certo, justo e bom, já foi execrado em um tempo que não vai longe… Mulheres e negros foram considerados seres sem alma; não judeus, tidos como inimigos de Deus; e até hábitos de higiene já foram interpretados como tentações perigosas a se evitarem, para não darem vazão às “paixões da carne”!…

A questão é se perguntar: e o que será, dentro de muito pouco tempo, abominado pela esmagadora maioria das pessoas, como retrógrado e injusto? A evolução acelerada de ideias e referenciais de moral e espiritualidade dá uma ideia do que está por vir… Mas apenas uma vaga noção. Tenha cuidado. Incontáveis criaturas caíram no erro deplorável de apedrejar quem reencarnou para salvá-las de sua própria infelicidade, e tiveram que facear as consequências de muito maior infortúnio, logo adiante. Deus é Justo, severamente Justo com aqueles que se julgam em condições de condenar terceiros, tanto quanto é Todo-Misericordioso para com os que têm posturas compreensivas e fraternas com os semelhantes. Foi o que disse o Mestre Maior de moral e mística espiritual: “Com a medida com que medirdes, sereis medidos.”

Preste atenção, para se beneficiar mais e melhor com tais presenças amigas e com o que elas têm a lhe oferecer, para seu próprio crescimento e bem-estar. Raramente há anjos ou espíritos santificados a representarem as Potestades do Céu, mas, via de regra, homens e mulheres de bem, nobres o bastante para colocarem seus ideais acima de interesses pessoais e imediatos. Fique alerta, porquanto não só as personalidades guindadas a posições extraordinárias de responsabilidade ante a multidão, bem mais amadurecidas e visivelmente à frente de seu tempo, estão sob nossa análise, neste estudo despretensioso, mas também aquelas figuras de pouco carisma e talvez até um tanto enfadonhas (porque menos movidas pelo ego), que se podem ocultar na função de uma professora dedicada, um pai extremoso, um amigo leal e generoso ou um mero desconhecido, na via pública, capaz de realizar um ato de solidariedade, sem esperar retribuição nem mesmo reconhecimento.

(Psicografia de 04 de setembro de 2014.)

Imagem que ilustra esta publicação:

Joana d’Arc, o gênio militar que foi o principal responsável pelo fim da famigerada e devastadora Guerra dos Cem Anos. “Transexual” e médium assumida, Joana foi condenada à fogueira, pelos tribunais da Inquisição, com apenas 19 de idade, dois anos depois de encerrar sua campanha gloriosa pela reconquista do território francês, contra invasores ingleses, missão essa que se completou apenas nos anos seguintes à sua execução, pois que a surripiaram da existência física, antes que pudesse concluí-la. Não se sabe quantas vidas e valores de patrimônio cultural foram salvos, pela ação do general brilhante que encarnou em corpo de menina, para liderar exércitos de homens famintos, destreinados e desmoralizados, levando-os a vitórias sucessivas e prodigiosas, sobre as então inexpugnáveis forças inimigas, sem nunca sequer empunhar uma espada!