Da bondade sincera ao fanatismo terrorista…

Como compreender a gênese da hipocrisia que compele o ser humano, de início, a se posicionar com moralismo incoerente e, em última instância, leva-o às raias do fanatismo terrorista?

Daremos um tom de metáfora quase poética à nossa breve explanação, a fim de clarear um pouco a complexa temática.

Primeiramente, entendamos a psique humana (que evolui, paulatinamente, no correr de extensa fileira de reencarnações) como tendo feição trina e, didaticamente, personifiquemos cada face de sua tríplice constituição, do extremo mais primitivo da primeira ao extremo mais elaborado da última: maldade, ego e amor.

Feito isso, confrontemos os três perfis psicológicos e morais com certas circunstâncias-chave que evidenciem, de forma mais nítida, seus vetores de motivação mais profundos.

Diante do sofrimento alheio:

A maldade se compraz e tripudia.
O ego, se não tiver nenhum interesse pessoal afetado, ignora e se afasta.
O amor comove-se e mobiliza-se a socorrer o(a) sofredor(a), ainda que isso lhe traga um custo.

Perante a mentira ou a oclusão da verdade, sem qualquer propósito construtivo, como a proteção de indivíduos ou ideais nobres:

A maldade se deleita e, quando não a gera em primeira mão, expande-a em seus efeitos lesivos.
O ego sorri malicioso e transmite-a, se puder auferir ganho pessoal na partilha.
O amor choca-se e interfere para contra-argumentar, luta por deter sua proliferação, jamais lhe concedendo quaisquer crédito ou força.

Ante o ideal humanitário de qualquer natureza:

A maldade desdenha-o, prejudica-lhe os processos ou se enfurece.
O ego encena virtude, despreza as obras alheias e exagera as próprias.
O amor é por ele movido, em graus e modos variados, em todas as áreas da vida, quer perceba isso conscientemente ou não, auxiliando-o a ser potencializado, não importando se parta da própria ou da iniciativa de terceiros.

Toda criatura humana apresenta percentuais e combinações personalíssimas dos três fatores.

Frente a essa assertiva:

A maldade não enxerga nenhuma bondade em si, nem em semente, e quase sempre não consegue vê-la em ninguém.
O ego julga rara a virtude autêntica e, quando a nota, interpreta-a normalmente como estupidez ou movimento calculista dos semelhantes.
O amor teme cair no mal, que detecta em gérmen dentro de si, e amiúde desconfia estar camuflando interesses pessoais em seus impulsos altruísticos, mas vive, ainda que com conflitos e dúvidas atrozes, em função do serviço ao bem que possa prestar, em todos os departamentos de sua existência.

Pela prevalência de manifestação de cada um desses três polos psicoespirituais, podemos dizer que há pessoas mais maldade, mais ego ou mais amor.

Em face dessa nova sentença:

A maldade gargalha, cínica, presumindo deparar-se com uma tolice ou uma crassa manobra de manipulação.
O ego pode permanecer indiferente, em não descobrindo utilidade no assunto, ou chorar de autocomiseração, supondo-se vítima por o mundo não lhe reconhecer as qualidades que acredita portar.
O amor, todavia, sente-se tranquilizado e motivado a seguir fazendo o bem, dando menos importância às incertezas sobre o valor espiritual em seu coração humano.

Tenha o máximo de cuidado, porém, amado(a) filho(a), com o último aspecto-ego do ser – o da “pobre vítima bem-intencionada” –, porquanto ele é brilhante em encontrar justificativas que o(a) impeçam de assumir suas culpas, apagando-lhe, gradativa e perigosamente, a chama da própria consciência, inclinando-o(a) à psicopatia e, dessarte, abrindo-lhe as portas da alma à poderosa força da maldade… que, ao adquirir império sobre você, dificilmente se apartará de seu coração, criando raízes e parasitando seus sentimentos, conduzindo-o(a) a infernos de insensibilidade, vazio e, por fim… incalculável medida de desgraças, em termos de tempo, intensidade e multiplicidade…

Mensagem de MARIA Santíssima
Intermediação do Espírito Eugênia-Aspásia
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar
Aracaju, Sergipe, Brasil
16 de abril de 2017






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