(O Evangelho como diretriz fundamental; confusão de técnicas oracionais; crises conjugais.)

Benjamin Teixeira
e os espíritos Irmã Brígida e Eugênia.

Estávamos em grupo pequeno, na realização de nosso primeiro Culto do Evangelho do dia, o das 14h, nesta quinta-feira 20 de dezembro. Senti a presença de Irmã Brígida conosco, e a amorosa freira desencarnada pediu-me fizesse uso de papel e lápis grafite (a forma como ela prefere transmitir suas missivas pessoais). Posto o material ante mim, surgiu a primeira rápida mensagem para o grupelho de almas queridas, todas mulheres desta vez:

“Diga às nossas amigas que estou muito feliz de as encontrar reunidas, com o fito de que o Santo Evangelho de Nosso Senhor delineie-nos diretrizes para a vida e para a alma. Louvemos sempre o Cristo, como Nosso Mestre; sigamos-Lhe as lições sacrossantas, e teremos roteiro à paz e à felicidade, em todos os sentidos.”

Breve correspondência seguiu-se para uma das jovens senhoras que compunham nossa seleta assembléia de irmãs em ideal, e, logo mais, longa epístola descritiva de tarefas mediúnicas desdobradas por uma das confreiras presentes foi transmitida – a qual não caberia aqui ser transcrita, por conter elementos íntimos da destinatária que não convém sejam expostos em público. Depois de lê-la, grampear-lhe as folhas e passar o tesouro grafado à médium dedicada, voltei a dar passividade à doce Irmã Brígida, que prosseguiu dizendo:

“Minha próxima fala (…) segue-se para nossa cara (…), pedindo-lhe reporte-se a Jesus, em todos os seus problemas, viabilizando-O como a Luz Branca, a tal Luz Divina, a Que tem sido exortada mentalizar. Não há motivo para confusão de métodos oracionais. Deve haver, de reversa maneira, um somatório de técnicas, de molde a que se tenha um ganho geral na sintonia com o Plano Sublime. De todos os itens a serem abordados, foi selecionado este como prevalente, de forma que o destacamos, em função da importância da temática e do pedido justo, em oração, que nos dirigiu hoje, pela madrugada.”

A irmã de caridade desencarnada subscreveu, denunciando a presença do avô da destinatária, que houvera acompanhado a súplica de orientação, feita no culto do Evangelho que a amiga realiza antes de se recolher para o sono.

Eugênia, à distância, pediu que encerrássemos as atividades com uma prece por um companheiro que faria uma apresentação pública ao cair da tarde. No estado de graça palpitante, naturalmente gerado pelo confabularmos com os amigos desencarnados do domínio superior de Vida, foi servida rodada de café fumegante e água gelada. Bebericávamos nossos quentes e gelados em álacre conversação, quando uma companheira, que não pudera estar presente à parte inicial das atividades, chegou, e, imediatamente, percebi, com ela, a presença de sua mãe desencarnada, que me pediu escrevesse um breve recado à filha. Pedi, naturalmente, autorização à mentora espiritual, para tornar a psicografar. Obtida a devida chancela eugeniana, comuniquei-o às amigas que me cercavam, as quais, ato contínuo, voltaram a se concentrar em prece (como sempre o fazem, enquanto psicografo, ajudando-me na “corrente” que “sustenta a vibração”, para favorecer o intercâmbio interdimensões). Surgiu, então, a passagem breve e elucidativa para crises afetivo-conjugais, escrita, psiquicamente, por Brígida, ladeada pela mãe da moça, por esta não portar muita habilidade para redigir, nem para sintonizar com minha faixa mental.

“Diga a (…) que não tenha dúvidas sobre o maridinho e os laços de amor que os unem. Falo-o em nome de (…), que, aqui presente, pede se responda à questão que lhe foi dirigida pela filha, em prece, nesta última noite, sobre se deveria ou não manter o casamento com (…).

Deve, sim, minha querida. Crises, como a discussão que tiveram ontem, acontecem, mas não indicam, necessariamente, fim de relacionamento, e sim, talvez, seu amadurecimento, como é o caso. Reforce suas orações.”

A destinatária ficou grata e empolgadíssima, revelando que chegara, hoje, com o pensamento: “Será que minha mãe vai me falar alguma coisa, pela psicografia de Benjamin, sobre a briga que tive ontem com meu marido?” Houve merecimento e concessão para tanto, por fim.

Como sempre, a bênção ímpar de sabermos não estarmos sós. Invariavelmente somos velados por aqueles que nos amam e nos dirigem os destinos, dos Altiplanos da Espiritualidade Sublime; e que esperam ajamos com disciplina, fé e persistência, no capítulo do essencial: nossos compromissos com a vocação, com os entes queridos, com nossa utilidade ao bem comum, de qualquer natureza ou dimensão que seja.

 

(Texto psicografado e redigido em 20 de dezembro de 2007. Revisão de Delano Mothé.)