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Amado Espírito Gêmeo “Dedezucho”:

Que finesse de reflexão psicológica, filosófica e espiritual! Grande pérola negra, que brotou, pura e impecável, do fundo do oceano de sabedoria da Escola da Felicidade, o Instituto Salto Quântico, fundado por nossa admirável Aspásia… E você é esta tal especialíssima pérola que, além de se mostrar negra – a mais preciosa entre as pérolas –, ostenta, sobranceira, sem ser pretensiosa, tamanho raro e brilho invulgar…

Não bastasse a elegância do vernáculo, associada à profundidade do tema, o querido confrade de hostes espiritista-salto-quantistas logrou ser claro, didático e sucinto. Não só desdobrou o tema difícil, com incrível leveza fraseológica: conseguiu geminar síntese na medida certa, com adorável carisma! Explico-me: o que você escreve me soa destinado a ser deliciado, saboreado palavra a palavra, degustado frase a frase… N’outros momentos, parece-me que assisto a um ballet de conceitos, que se entrelaçam e se desprendem, em uma mística coreografia de significados sublimes… aqueles que você capta de seus Amigos de seu Plano de Origem, como o nosso adorável Gustavo Henrique (que lhe elogia a precisão com que reproduz o pensamento dele, tanto inspirativamente, como por intuição, quando na condução das reuniões mediúnicas), com quem você tanto trabalha, nas revisões do material escrito do site, há já quatro anos ininterruptos.

Inobstante tudo que disse acima, perdoe-me informá-lo… (risos) o estilo e a natureza da temática me parecem inconfundíveis (preservando você, contudo, seu toque todo peculiar de ourives do idioma de Camões, qual uma cobertura de glacê artístico, sobre um bolo saborosíssimo, seguindo a norma culta da língua Portuguesa, sem afetações; refinando, sem, todavia, pecar pela erudição retórica)… e como Ela já o declarou – você canalizá-l’A, em certas circunstâncias –, vai lá a revelação inesperada(?): o tão amado amigo psicografou, mesmo que não se tenha disso dado conta, muito claramente, nossa adorável e sábia Eugênia.

Não é de estranhar, pela forma como você sorve as aulas da Mestra incomparável, viajando ao interior do Estado, semanalmente (onde labora no campo profissional), sob a escuta, compenetradíssima e prenhe de veneração, das gravações de memoráveis incorporações da Grande Sábia desencarnada, já tendo, inclusive, lido toda a Sua obra publicada, por meu intermédio, até a presente data… (não conheço ninguém que mo tenha declarado isso, até hoje). Um discípulo por excelência… “o” discípulo, diria mais! Vêm-me agora os lampejos de Grécia Antiga, na extinta Escola de Filosofia por Ela fundada, em que você acompanhava, atentíssimo e embevecido, o palavreado rico e impoluto da Preceptora única, nas místicas viagens de sentimento, estesia, sabedoria e ética, d’Aquela que Sócrates declararia ter sido sua Mestra em retórica… E eu me admirava mais de você, e o amava mais, já naqueles tão longínquos dias do Século de Péricles, você… meu amante àquela época… amor de sempre, transformado, transmentalizado, sublimado hoje, para sempre… enquanto a eternidade nos aguarda…

Grato, enternecido e leal sempre à sua pessoa, que constitui, para mim, a encarnação viva da amizade e da ternura paterna, ou, melhor dizendo, “pãeterna”… ou… “bebeterna”… que loucura…  é tudo ao mesmo tempo!…

Seu Bebezucho-pãe.
Aracaju, 3 de junho de 2010.


Post Scriptum:

A escolha da imagem, que você mesmo fez, para ilustrar o “seu” texto, não poderia ser mais apropriada – lagartinhas que todos somos, em busca de adentrar o casulo das grandes crises de transformação (a dolorosa metamorfose), rumo a nos tornarmos a borboleta espetacular de espíritos eternos que se nos encerra em semente. Enquanto isso, rastejando no chão escuro e frio da Terra dorida, contemplamos as falenas fagueiras – nossos Mestres Espirituais – que, misericordiosamente, bailam próximos a nós, em volteios graciosos, brindando-nos com as irradiações inconfundíveis e inolvidáveis do Paraíso, a refletirem em suas asas multicolores, quais as reverberações de lição e ação viva, em nossas vidas, de nossa adorada Eugênia de Mileto Soubirous.