Ele é presidente e fundador de uma organização com caráter consultivo no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. Tem mais de 200 mil inscritos em seu canal YouTube e, no Facebook, é o médium com o maior número de seguidores no mundo inteiro: 5,4 milhões, em 185 países – somando-se as suas fanpages em português e em inglês. Benjamin Teixeira de Aguiar está em nova temporada nos EUA, que acabou de ser estendida de um para três meses. Meu orientador espiritual, irmão desta e de outras vidas, está com residência provisória na cidade de Brewster, dentro da região metropolitana de Nova York, onde também está sediado o núcleo do Instituto Salto Quântico nos USA, em Bethel, Connecticut.

Thaïs Bezerra – Por conta da epidemia da nova cepa do coronavírus, a OMS recomendou que a ONU suspendesse a CSW64 e mais de 550 eventos paralelos, entre eles o que você presidiria, proferindo uma conferência em torno do assunto da feminilidade. O que o levou a triplicar seu período de estada nos EUA? Houve alguma relação entre esse prolongamento e a crise de saúde pública internacional?

Benjamin Teixeira de Aguiar – TB, o que posso dizer, primeiramente, é que essas decisões são tomadas em comum acordo com os(as) nossos(as) Dirigentes livres de matéria densa, em particular os Espíritos Eugênia-Aspásia e Matheus-Anacleto. Embora Eles(as) não determinem, fazem sugestões, baseando-as em finalidades sérias, de interesse coletivo. E, sim, existem razões para estarmos por aqui, exatamente nesta época, assim como estávamos na França, ao final do ano passado, justamente quando estourou a atual greve histórica que por lá se distende até agora.

TB – Isso me faz lembrar outro episódio curiosíssimo que eu mesma presenciei. O da chegada do furacão Sandy a Manhattan, Nova York, no exato dia em que estava marcado o evento do Instituto Salto Quântico, na sede mundial da ONU: 30 de outubro de 2012, que acabou sendo adiado para o dia 5 de novembro seguinte. Segundo as previsões meteorológicas, os efeitos deveriam ser devastadores, mas o furacão alterou sua rota e se dissipou aos poucos…

BTA – Sim, de fato. Sou um ser humano muito normal, falível como qualquer outra criatura, mas estou a serviço de Seres com funções supraordenadoras de cunho expressivo. Não por acaso, observamos essa dimensão de alcance significativo do Trabalho que Eles desdobram por meu intermédio. O mérito, realmente, não é meu, e sou grato a Deus por reconhecer isso, em profundidade. Minha presença física é demandada, em certas ocasiões importantes, por causa da relação psicoespiritual sinérgica que mantenho com os dois Mestres Espirituais supracitados. Nada a ver diretamente com minha pessoa – de completa insignificância, reitero, para qualquer evento de extensão global.

TB – E sobre essa epidemia do coronavírus? Você poderia nos dizer o que a Espiritualidade do Bem lhe tem falado a respeito?

BTA – Posso publicar apenas o que Eles(as) me autorizam. Existe uma reveladora e triste hipertrofia da noção de tragédia e horror. Explico-me: dezenas de milhares de crianças morrem vitimadas por fome, diariamente, mundo afora. Mas ninguém perde uma noite de sono por causa disso, nem entra em pânico. O problema é que o risco de uma eventual pandemia (não se pode ainda utilizar, com precisão técnica, esse termo, para o Covid-19), com uma letalidade um pouco maior que a dos vírus de uma gripe comum, passa a ideia de que qualquer um(a) de nós ou de nossos entes queridos pode ser atingido(a) e, quiçá, perder a vida física ao contrair a enfermidade. Acidentes aéreos têm repercussão semelhante. São horríveis, provocam choque. Todavia, o que de fato, subliminarmente, causa apelo nas massas, de todos os segmentos humanos, nesses casos, é que tanto uma pandemia quanto um desastre aéreo não respeitam barreiras de classe social, nacionalidade ou qualquer outra forma de distinção entre pessoas.

TB – Há motivo para pânico? Os Espíritos poderiam revelar mais alguma coisa sobre o assunto?

BTA – Nenhum motivo para alarme. Principalmente porque somos imortalistas. E, como sobrevivencialistas, estamos cônscios(as) de que prosseguimos vivos(as), após o decesso carnal. Contudo, gostaria de lembrar que estatísticas nos chamam a atenção para o fato de que a probabilidade de alguém vir a óbito por um acidente de trânsito entre sua casa e o aeroporto é um sem-número de vezes maior que a de falecer pela queda do avião que utiliza para uma viagem de longa distância. Somos seres extremamente emocionais. Gosto quando o Espírito Roberto Daniel, com quem interajo desde 1993, afirma que “existe uma teoria em voga, nos meios científicos da Terra, de que o ser humano ‘seria’ um animal racional”. É uma ironia lamentavelmente tragicômica, muito bem lastreada nos desvarios de todas as ordens a que as criaturas humanas, em percentual considerável, costumam se render, demonstrando baixíssimo grau de racionalidade.

TB – A saída?

BTA – Para Cima, sempre! Buscar a transcendência, a fé como um meio de perceber o Piso Fundamental da Realidade, que é Espírito, não importando se a pessoa esteja vinculada ou não a uma religião formalmente organizada.

Entrevista publicada pela jornalista e colunista Thaïs Bezerra, em sua revista semanal no Jornal da Cidade, edição de 08/03/2020