(Como evitar abusos dos outros à nossa generosidade; como ajudar com equilíbrio entes queridos; e qual a visão da Espiritualidade sobre iniciativas humanas em torno da questão ecológica.)


Benjamin Teixeira
pelo espírito
Gustavo Henrique.


Gustavo Henrique nos convidou a uma iniciativa interessante, na reunião mediúnica desta terça-feira, 12 de junho: abriu espaço a três consultas individuais, que partissem dos próprios convivas do banquete espiritual, cujo conteúdo, tanto da pergunta como da resposta, pudesse ser trazido a público – expondo-se, inclusive, para os que estavam presentes à reunião, os nomes dos provocadores. Para a publicação neste site, entretanto, providenciamos a ablação de suas identidades, em função de lhes preservar a privacidade.

Seguem-se as três indagações de três companheiros diferentes, que se decidiram por desfrutar o ensejo de aprendizado direto com o querido mentor, e as respectivas respostas do paternal e afável orientador espiritual, arrematadas com uma breve mensagem aos médiuns.


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(Pergunta) – Como agir diante de pessoas que abusam de nossa generosidade?

(Gustavo Henrique) – Regre-se a generosidade, ao nível que o bom senso permita seja manifestada. Se alguém não age de acordo a demonstrar estar sendo receptivo ou beneficiado pela iniciativa benemerente, deve-se, tão-somente, passar adiante o benefício para outras pessoas. A administração dos recursos do bem, inclusive, é de responsabilidade do despenseiro, e lhe será cobrada prestação de contas, no que concerne à utilização que deles se tenha feito. Amiúde, portanto, o que parece indulgência ou persistência na caridade pode indicar leviandade, no desperdício dos talentos e dons depositados, por delegação e confiança Divinas, em nossas mãos. Ore-se, medite-se e aja-se, portanto, de molde a verificar como fazer o ajuste da doação ao poder de recepção e aproveitamento de quem se beneficia.

(Pergunta) – Na relação com pessoas por quem nos sentimos responsáveis, a exemplo de familiares, até onde podemos ir, a benefício delas, no sentido de aconselhá-las?

(Gustavo Henrique) – Para responder a esta pergunta, utilizaremos a linha de raciocínio apresentada para a resposta anterior. Se estivermos atentos a agir com a razão e o sentimento de dever a cumprir, de serviço a prestar, sem nos deixarmos seduzir por pretensões de superioridade ou de controle dissimulado sobre o outro (exercendo, assim, uma indevida gerência na existência alheia, que deve ser considerada de intransferível responsabilidade pessoal), saberemos, sem dúvida, quando, quanto e de que forma nos posicionar. Um misto da voz da consciência com a intuição nos favorecerá estarmos em fluxo com a Divina Vontade e os guias espirituais, que nos secundarão em tais esforços. É válido, mais uma vez, reforçar que a prática da prece, invocando socorro superior, é sempre salutar e excelente auxiliar neste delicado e complexo mister.

(Pergunta) – Como a Espiritualidade avalia os esforços e iniciativas atualmente desdobrados no plano físico, em favor de se solucionar a crise do meio ambiente?

(Gustavo Henrique) – Como muito bons. Não estamos autorizados a falar mais do que o que já foi revelado em manifestações mediúnicas de nosso próprio grupo (*), mas podemos asseverar que essas iniciativas estão apenas no início, e não só têm grande probabilidade de render bons frutos, num espaço de tempo que está condicionado ao grau de engajamento de povos e indivíduos em tais campanhas, como também será desdobrado, por seu intermédio, um movimento de confraternização humana, em função de um interesse e objetivo comuns: salvar-se a própria casa planetária.

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Prezados companheiros da mediunidade com Jesus:

Não pensemos que a mediunidade exista para atender demandas de qualquer ordem de benefício ou vantagem pessoal. É – e até deve se tornar (para quem assim não a entenda) – uma bênção. Todavia, de modo algum, constitui uma fonte de ganhos individuais, de manipulação de poder ou campo para extravasão de pruridos de prestígio e ascendência que se busque obter sobre os semelhantes.

É um alerta que pode parecer ocioso, pelo óbvio, mas que se faz válido, quando se considera que fora do campo mediúnico-espiritual, em praticamente toda iniciativa humana, o interesse pessoal e a expectativa de lograr conquistas costumam nortear a ação e o planejamento dos indivíduos. Somente uma ambição deve haver, no âmbito do sagrado ministério do intercâmbio interdimensões: a do serviço, da caridade, do esclarecimento e consolo disseminados entre os irmãos em humanidade, a começar pelos remoques que se recebam para si próprio, no processo de autocorrigenda, auto-aprimoramento, de crescimento contínuo rumo a Deus.

(Redação e psicografia de Benjamin Teixeira. Revisão de Delano Mothé.)

(*) Diálogo mediúnico a respeito do tema, publicado neste site. Se o prezado leitor tiver interesse em compulsá-lo, pesquise no ícone de busca, no canto superior direito da interface deste sítio eletrônico.