Quando o orgulho se manifesta como acentuado espírito de responsabilidade e mobilização pelo bem comum, temos uma expressão psicológica e moral que foge à semântica original do vocábulo. A pobreza dos idiomas na Terra nos traz desafios inúmeros como esse.

Todavia, no intuito de assumir contas para si, não pode haver desrespeito ao senso de proporções, o que poderíamos entender, então, como megalomania, narcisismo ou presunção, de acordo com os casos estudados ou que estejam em foco. Assim, o espírito de autocrítica deve ser a primeira ação ou – melhor dizendo – operação desta função psíquica construtiva que denominamos aqui como “bom orgulho”.

Ser um bom pai, uma boa mãe ou um bom profissional revelam-se exemplos desta obrigação moral de toda criatura humana. A consciência, aqui compreendida como voz da supraconsciência (não a voz condenatória e moralista – no mau sentido – do superego), naturalmente compele os indivíduos a agirem no campo do dever, com o sentido do dever pessoal a cumprir, que inclusive pode contrariar e muito frequentemente contraria convenções sociais de época e lugar, assim como expectativas de terceiros, o que ironicamente fere o mau orgulho, filtrando-o da vivência desse “bom orgulho” a que nos referimos.

Espírito Eugênia-Aspásia.
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar.
13 de agosto de 2015.