pelo espírito Gustavo Henrique.

Sua limitação, sua bênção.

O ser humano tem natural impulso a transcender-se, tanto quanto a superar limites externos.

Geminada a este ímpeto fundamental, há uma lei correlata, compensatória, em a natureza, que reza sejam dadas asas à criatura que tem limitações de andar, bem como barbatanas e guelras ao ser que não é apto a caminhar ou voar.

No complexo universo humano, então, podemos ir mais além. Quando falta algo, Deus pode nos estar sugerindo refletir sobre outras necessidades, talvez bem mais prementes ou importantes que as que nos aturdem no momento.

Deste modo, sugiro-lhe, com todo coração, prezado amigo, considerar:

A enfermidade que o prende ao leito pode-lhe propor mais acurada ponderação, numa, digamos, eventual mudança de rota pela qual esteja sendo arrastado à desgraça; ou mesmo numa ressignificação e até substituição de valores inapropriados à sua felicidade.

Na pressão extrema do trabalho, pode você estar sendo levado a recordar-se das alegrias e tesouros inapreciáveis da vida familiar ou espiritual, dos estudos (para uma talvez protelada atualização profissional) ou dos desportos (e demais hábitos saudáveis), em cujos departamentos esteja negligente há muito tempo, quiçá com prejuízos irreversíveis, como a perda de um matrimônio importante ou o afastamento emocional dos filhos amados, quando não a perda da saúde física ou o desalinhamento e desconexão com Deus e Seus representantes (com seus corolários trágicos).

Na ausência de entes queridos próximos e afinados ou de cônjuge amoroso e lúcido, há, amiúde, a exortação tácita a buscar alhures ou dentro de si mesmo, em novos afetos ou numa maior comunhão com o Alto, o nutriente psicológico de que tanto carece.

Deus não permite haver limitações à toa. Agradeça, sinceramente, o ataque gratuito de quem se diz seu amigo (e se afaste desta pessoa insincera que faz da “franqueza” uma arma do mal), tanto quanto congratule-se pelo fracasso provisório do projeto profissional ou acadêmico que lhe propicia oportunidade de renovar propósitos, reorganizar metas, melhorar técnicas de ação e objetivos de transformação.

Em tudo, renda graças a Deus, porque, mais do que imagina, somos todos amparados e conduzidos por Ele-Ela, o Amor Supremo, recebendo, de cada circunstância, o estímulo adequado ao próprio aprendizado e crescimento.

(Texto psicografado pelo médium Benjamin Teixeira, em 15 de junho de 2006. Revisão de Delano Mothé.)