Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Gostaria de dizer às mulheres do mundo que devemos tomar prumo da hora da Verdade, e nos tornarmos dignas representantes do nosso sexo.
Ao reverso de pretendermos assumir a função dos homens, nas posições de comando, devemos pugnar por desenvolver e assumir, inteiramente, nossas funções de liderança feminina que não só são diferentes, como superiores, em termos de extensão de responsabilidade e alcance, que as masculinas.

O homem manda; a mulher inspira aquele que manda.
O homem governa; a mulher aconselha o governante.
O homem determina a lógica; a mulher traça os parâmetros da realidade subjetiva, por onde a lógica pode pervagar, com a intuição e a sensibilidade que lhe são peculiares.
O homem conquista o mundo; a mulher conquista o coração do homem, que conquista o mundo.

Não queiramos viver uma intérmina guerra dos sexos. Não precisamos lutar para ter poder: nós já temos um poder maior.

O poder do homem é competitivo, dissociativo: divide, para poder conquistar.
O da mulher é cooperativo, integrativo: assimila, e engloba, para poder harmonizar.
O poder masculino é uma extensão do feminino, que é original. Um desdobramento derivado, de que o feminino é a fonte. Ou seja: o poder masculino é um apêndice de um todo-maior: o poder feminino. O homem representa a civilização; a mulher, a Terra inteira sobre cuja crosta está depositada a ínfima camada de criaturas humanas que a envolve. Ou seja: não precisamos lutar contra os homens: os homens são partes de nós – tragamo-los simplesmente de volta, como nossos filhos queridos, para o regaço acolhedor de nosso universo feminil de doçura e amor, e a paz se fará sobre a Terra.

O poderio masculino nos levou quase ao Armagedom por várias vezes, e ainda oscilamos na beira do precipício, por conta do desejo de poder e de expansão de nossos pares masculinos.

Chegou o momento de darmos início a uma nova era, a era da paz, da felicidade, da concórdia, pela confraternização geral que o acolhimento, a afetividade e a ternura femininos podem fomentar. Chegou a era da Mulher – ou pelo menos da Feminilidade –, em que não mais a força pela força irá reinar, mas sim a força pelo ideal, a força do ideal. Chegou a era em que o poder do coração imperará, para sempre, na alma de todo ser humano…

(Texto recebido em 7 de março de 2004.)

(*) Eugênia me apareceu dentro de um templo gigantesco dedicado à deusa Pallas Athenas, trajada como a própria, com um luminoso e sereno sorriso de “anciã sábia”, muito embora a aparência jovem, passou-me mensagens íntimas para quatro pessoas, e, em seguida, quando estava completamente absorto, entretido com encanto de seu olhar, da expressão de seu semblante, dos maneirismos majestosos de seus gestos, do timbre irreproduzível de sua voz, ela se volta para o lado, como se fitasse um público invisível, e começou a ditar-me este texto. Curioso é que estava totalmente esquecido da data de o “Dia Internacional das Mulheres”. Segura e amável, como uma “deusa”, Eugênia bem representa o símbolo perfeito do que todas as mulheres devem se tornar: fortes, sem prejuízo de sua feminilidade. Interessante que Eugênia não parece só falar às mulheres, mas também ao lado feminino dos homens, para que ponha-se à frente, na gerência de suas vidas, ou seja: a força da intuição, do ideal, da inspiração, da espiritualidade, da paz, do amor – indubitavelmente, as maiores forças do Universo.

(Nota do Médium).