Benjamin Teixeira,
pelo Espírito
Gustavo Henrique.

Desculpa, companheiro, os amigos refratários que te seguem os passos e tentam ajudar-te. Supõem, sinceramente, estar dando o melhor de si à tua pessoa, e, em alguns casos, têm razão – a questão, todavia, é que o que te oferecem constitui ainda muito pouco, em termos de compensação psicológica, pelo muito que tens feito por todos, ano sobre ano.

Tenta acalmar-te e renovar-te, nas águas lustrais da prece. De Faixas mais Altas de Consciência, virão os suprimentos de força e ânimo de que careces, para prosseguires em tua jornada de despenseiro do bem.

Releva a opinião desairosa que fazem de ti. Movidos pelo ego e paixões mesquinhas a ele correlatas, ainda encharcados de vícios e desequilíbrios morais os mais variados, presumem-se em condições de te avaliarem o coração tangido por ideais subidos, que estão muito longe de poderem compreender. Natural, destarte, que, tomando-te por um comparsa deles, sem entenderem tuas escolhas e teus móveis ocultos, “adivinhem”, em ti, “intenções inconfessáveis”, que seriam exatamente as deles, se estivessem em tua posição.

Respira fundo, amigo, buscando hausto em esferas mais altas de sentimento. Não te permitas intoxicar, aspirando a atmosfera deletéria de impressões maldosas que exalam em tua direção. Mais tarde, bem à frente, no carreiro dos séculos (alguns, mais rapidamente: apenas quando desencarnarem), olharão para trás e lamentarão amargamente o que fazem hoje contigo. Só que, então, estarás n’outro Plano, bem distante de poderes padecer os assaltos da maldade e da mesquinharia alheias.

É bem verdade que te empenhas, por todos os meios a teu alcance, em parecer menos do que és, para não constranger, nem humilhar os egos frágeis dos que te recebem auxílio. Todavia, como eles estão acostumados a fazer exatamente o contrário (simular virtudes que não têm), acreditam que tu sejas muito pior do que a personagem que encenas em público, ela mesma já bem abaixo do que és.

Entende, assim, que é esperável reajam a ti qual se fosses um falsário, um dissimulado que oculta torpezas dos demais, porque é justamente o que eles fazem: mascarar suas feiuras íntimas, com uma aparência civilizada.

A despeito do que te digo, porém, estimado amigo, persiste na misericórdia didática de te mostrares menor, para poderes salvar mais almas, fazendo-te compreendido por maior número de criaturas desorientadas e sofridas. Tua metodologia não é nova. São Paulo disse, numa de suas epístolas: “Fiz-me de fraco, pelos fracos, a fim de salvar os fracos; fiz-me de tudo, por todos, a fim de que, por todos os meios, viesse a salvar alguns.”

Deixa que passe a algaravia ensurdecedora dos estroinas e dos vinculados a pactos com as trevas. O silêncio virá, sem tardança. Como reza a cultura popular brasileira: “os cães ladram, mas a caravana passa.” Ignora os cães humanos da bestialidade egoica e instintiva, aferrados demais a seus desatinos, para que te possam vislumbrar as cogitações de ascese. Eles também, um dia, em milênios vindouros, estarão amadurecidos para partilhar de teus objetivos luminíferos de Vida. Por ora, no entanto, as vaidades e disputas intestinas de poder, posse e sexo os consomem, de todo, inviabilizando-lhes qualquer lucubração abstrata e espiritual mais ousada, que promovesse uma empatia genuína contigo.

Descansa, caro amigo, no leito de tuas convicções e princípios espirituais, e aguarda o amanhã de possibilidades infinitas, que se descortinará ao panorama de teu destino. Segue, fiel, a conclamação de Jesus, a respeito da conformação familiar verdadeira, indagando, quando procurado pela parentela corporal: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” Ao que Se respondeu, em seguida: “São os que fazem a vontade de Deus”.

Dessarte, camarada, incorpora a teu círculo de amor quantos se afinem com tuas metas de redenção e autorredenção, sejam ou não componentes de tua parentela consangüínea; abre o coração para o mundo inteiro e, seguindo o modelo de teus Mestres Jesus e Maria, adota os componentes da humanidade, sem fronteiras, como filhos e filhas de teu coração idealista e devoto.

(Texto recebido em 1 de março de 2010.)


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