Minha muito querida princesinha (…) (*1):

Como vai, meu doce e meu amor?
Sabe que, se há anjos no céu, há-os pelo amor que sentem por seus pupilos?
Se, mesmo muito limitada, algo posso ser, na condição de mãe que ama, até podendo ser anjo para alguns, sou-o pelo tanto que me inspiram carinho e afeição…

E você, meu amor, sem dúvida, está entre aqueles que me fazem sentir o paraíso vazio; e o deserto do mundo físico, um jardim florido, por não estarem aqui, e sim, aí.

Por você e estes poucos (*2), agradeço a Deus estar assim próxima à Terra, para amá-los, amá-los e amá-los,
servindo-os sempre…

Sua mãe, sempre próxima do seu coração,

Eugênia.

(*1) Quase sempre, as mensagens que recebo, após o culto do evangelho em minha casa, para os amigos íntimos que a ele comparecem, são pautadas por questões íntimas que não comportam ser publicadas. Todavia, pela beleza singular e singela desta mensagem e seu caráter de interesse universal, resolvi trazê-la a lume, após retirar o nome da destinatária e pedir-lhe autorização a publicar. Em minha opinião, apesar de muito curta, mas vazada em entranhada ternura materna, bem traduz o amor misericordioso que os anjos no Céu votam às almas que transitam na Terra, em nome da Infinita Bondade de Deus.

(*2) Eugênia, a grande mentora espiritual, teria preferidos? Alguns poucos a quem amaria mais que aos demais? Sobre isso, que ela quis aqui publicar, para deixar claro como somente Deus merece nossa adoração, vale comentar que, certa vez, Eugênia fez surpreendente revelação. Disse que sua maior limitação era ter preferências do coração: uma estima maior por aqueles de quem foi mãe, em pregressas reencarnações. É interessante notar que tamanha é a envergadura evolutiva da grande mestra desencarnada, que, enquanto as mulheres humanas comuns têm, na maternidade, a expressão máxima de sua sublimidade afetiva, Eugênia a tem como ponto menos evoluído de sua personalidade, já que atingiu culminâncias espetaculares da sabedoria e do amor universais, ainda guardando, todavia, traços de inclinação afetiva por aqueles de quem foi mãe, sobremaneira por aqueles com quem repetiu este elo emocional por mais de uma existência física. Isso, sem dúvida, dá o que pensar…

(Notas do Médium)

(Mensagem psicografada em reunião íntima, após o culto do evangelho diário, em casa do médium Benjamin Teixeira, no dia 20 de abril de 2006. Revisão de Delano Mothé.)