É justamente quando não estamos bem que encontramos ocasião mais propícia a fortalecer os “músculos” psíquicos da paz, da felicidade, da esperança e da fé.

Isso é relativamente óbvio, mas nos esquecemos, de ordinário, da contraparte elementar de que, quando tudo está ou ao menos parece estar bem, normalmente nos inclinamos a também nos sentir bem – afora, claro, casos mais complexos, quais os que envolvam enfermidades mentais ou perturbações espirituais.

Assim, exercitemos o nosso lado melhor, no exato momento em que estivermos pressionados(as) pelo pior, interna ou externamente, da mesma forma que, por meio da resistência a certo movimento, em aparelhos de musculação, podemos expandir uma capacidade muscular específica.

Produzamos uma lista de iniciativas práticas, de atividades que funcionem conosco, de acordo com nosso perfil psicológico, no sentido de relaxar nossas mentes, desinflamá-las e aliviá-las do estresse, da tristeza, do desânimo… ou de qualquer estado de espírito que não condiga com o nosso melhor.

Experimentemos respirar profundamente algumas vezes, tomar um banho demorado, ouvir música relaxante (ou estimulante), conversar com uma pessoa querida, dedicar um tempo ao lazer ou ao repouso (ainda que breve, como um cochilo de poucos minutos), orar ou meditar por alguns minutos, realizar um ato singelo de caridade anônima, ler uma mensagem motivacional ou visitar uma página de cunho espiritual na internet…

Com esses e outros tópicos (de nossa preferência) em mãos, registrados, digamos, em um dispositivo celular, apliquemo-los sempre que se façam necessários.

Muitas vezes, será de pequenas coisas como essas que nossas vidas poderão se tornar muito mais felizes e satisfatórias ou, no mínimo, mais tranquilas e leves, sobremaneira quando atravessamos um período tão crítico de sofrimento coletivo, qual o que vivenciamos.

No mais, não nos esqueçamos do essencial: façamos o que nossa consciência nos determina como devido, em todos os departamentos de nossas existências, sigamos nossas vocações acadêmicas e profissionais, empenhemo-nos em nossos ideais humanitários, respeitemos nossos sentimentos (incluindo os de orientação sexual e identidade de gênero), relacionemo-nos com aqueles(as) de quem verdadeiramente gostemos e com quem de fato tenhamos afinidades, desenvolvamos nossa espiritualidade e pratiquemos disciplinas vinculadas à fé que esposamos.

E, por fim, confiemos na Infinita Bondade e na Perfeita Sabedoria de Deus, que nos suprirá de tudo que realmente necessitarmos e que não pudermos conquistar por meios próprios.

Benjamin Teixeira de Aguiar
e Amigos(as) Espirituais
LaGrange, Nova York, EUA
20 de dezembro de 2021