Sua felicidade não pode estar baseada em fatores externos, como humor de pessoas com quem conviva ou contingências do mundo material, de um modo geral.

Estruture sua bem-aventurança na realização sistemática de ideais e princípios profundos – imperturbáveis pela inevitável transitoriedade dos acontecimentos da condição humana.

Persiga metas elevadas de altruísmo e vocação pessoal, e não sofrerá abalos significativos quando circunstâncias menos agradáveis surgirem em seus caminhos – o que é natural no espectro da faixa hominal de evolução.

Paradoxalmente, quanto menos você esperar que ocorrências venturosas venham-lhe ao encontro e, de inversa maneira, quanto mais você se disciplinar no serviço ao bem-estar de seus(suas) irmãos(ãs) em humanidade, mais a Vida, por Lei de Sintonia, atrairá situações e personalidades que colaborarão, efetiva e diretamente, para sua alegria.

Modifique seu conceito de felicidade. Elimine a ilusão dos “contos de fadas” de casamentos, empregos e oportunidades perfeitos – segundo uma acepção de perfeição bem questionável.

Integre, como fenômenos normais da existência, a frustração, a perda, a enfermidade, o desgosto episódicos – todos eles constituem elementos imprescindíveis ao aprendizado e ao amadurecimento psicológico e espiritual, quando não mesmo ao desenvolvimento profissional e intelectual de todo indivíduo.

Seja mais lúcido(a) e trabalhe diariamente por expandir sua capacidade de interpretar, de forma construtiva, pragmática e benevolente, o que em primeiro exame pareça negativo, destrutivo ou mesmo desastroso.

Ser mais feliz é quase sinonímia de ser mais sábio(a) e mais espiritual – desde que você alcance apropriadamente o significado mais completo desses vocábulos.

Não choramingue, qual uma criança que depende do que pais, mães ou tutores(as) façam por ela, ainda que suas reclamações e caprichos feridos sejam emoldurados com justificativas sofisticadamente elaboradas – vício tão comum na contemporaneidade.

Decida ser plenamente adulto(a) e, por conseguinte, responsável pela própria e pela ventura daqueles(as) que você intua estarem dentro do seu raio de deveres e compromissos morais.

Declare alforria e rompa com a escravidão de ilusões pueris de felicidade, na esfera das expectativas egoicas, social e culturalmente condicionadas, como prestígio, riqueza, poder, beleza ou juventude eternas.

Tudo isso é infantil, frágil e fútil demais para que sirva de alicerce para seus objetivos de vida. Seu foco e filosofia existenciais precisam ser menos efêmeros e simplistas.

Se quiser obter relativo êxito, no campo da felicidade estável e duradoura, sua base de princípios deve necessariamente estar lastreada em valores consistentes, práticos, idealistas, humanitários – e, portanto, inabaláveis, porque inacessíveis à inexorável evanescência, impermanência e imprevisibilidade dos eventos no domínio humano de consciência.

Eugênia-Aspásia e Matheus-Anacleto (Espíritos)
em Nome de Maria Cristo
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
27 de janeiro de 2020