Às vezes, o desespero toma conta da área. Você diz burradas, faz burradas. Não consegue se desligar do clima de loucura momentânea que o toma.
Quando isso acontecer, porém, não pense que está tudo fora de controle. Faça um pouco de esforço para manter a serenidade e o autocontrole, e esse pequeno empenho render-lhe-á dividendos enormes para quando a fúria do mal passar.

Roberto.

Sim, você caiu. Viu seu lado pior manifestar-se e deixá-lo abatido, humilhado, vendo-se como o retrato da derrota moral. Sente-se fraco, desprezível. Como poderia render-se às insinuações do mal? – pergunta-se, aflito.
Diante desse quadro, todavia, ao reverso de se sentir perdido ou confuso, sinta-se bem-vindo à humanidade. E, muito embora não deva usar tal argumento como pretexto para que afrouxe o cinto e se entregue à próxima tentação com mais facilidade, reconheça que, por mais que pretenda não se equivocar, sempre fracassará, volta e meia, pelo simples fato de não ser perfeito.

Eugênia.

Não se angustie por estar fora de rota. Às vezes, uma escapulida da linha da verdade pessoal pode ser necessária, para que se repense essa linha e, inclusive, possa torná-la mais reta ou mais concorde com sua real natureza e missão na Terra. Hoje, o mal ganhou alguns pontos com você. Amanhã, a aparente desordem revelará uma nova ordem, superior à primeira, e o caos conduzirá à criatividade.

Brígida.

Controle o impulso de se auto-punir, criando o ciclo vicioso da queda, fazendo com que se lance mais ainda ao fundo do poço, quando já está em situação ruim. Esse padrão deve ser imediatamente rompido. Faz isso porque se julga indigno e por considerar indesculpável errar. Compenetre-se de que tem esse direito, tanto quanto o dever de tentar sempre acertar. E, assim, limpe a poeira do rosto, e soerga-se da queda. Amanhã, você fará tudo melhor.

Gustavo Henrique.

(Textos recebidos pelo médium Benjamin Teixeira, em 25 de abril de 2001.)