Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito
Eugênia-Aspásia.

O que diz agora teu coração, prezado amigo(a)?

Ouve os revérberos do Infinito, nas entranhas profundas de teus sentimentos mais sagrados?

Não descures da atenção ao fundamental, porque tudo pode ser ignorado, menos a voz do Espírito.

O Senhor Jesus certa feita asseverou que todo pecado haveria de encontrar perdão, menos a blasfêmia contra o Espírito Santo, querendo dizer que o desperdício de oportunidade e bênção de agir, quando utilizadas contrariamente à Natureza Essencial de si mesmo(a), consiste numa perda irreparável, a não ser por séculos de indescritível sofrimento redentor.

Não desrespeites, pelo menoscabar, o que não pode ser negligenciado, por constituir a própria fonte de tua vida, ou estarás minguando tua energia vital e retornando ao pó d’onde vieste e para onde poderás voltar, a qualquer hora, ainda que permaneças asilado(a) num corpo de carne, pois que aqui aludimos não à mortalidade do veículo orgânico de manifestação da personalidade no domínio material de Vida – uma fatalidade do bem, necessária às transformações profundas da alma –, mas à tragédia inenarrável de se perder o foco da própria consciência e das diretrizes e prioridades do coração, desorientando-se, por tempo indefinido e com padecimento crescente, no cipoal do tédio, do vício, do medo, do desespero, e, quiçá, das inúmeras formas, óbvias ou tácitas, de crime, loucura e suicídio.

(Texto recebido em 28 de outubro de 2008. Revisão de Delano Mothé.)