Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Não dês, a um só, o amor que pode ser para muitos. Retém, com pudor, teu manancial de ternura e bondade, porque, quando imaginas estar dessedentando a sede de alguém, talvez o possas estar viciando, com mimos excessivos, qual a mãe dadivosa que sufoca a criança, com atenções exageradas, destruindo-lhe a possibilidade de crescer, saudavelmente.

Se sentes o coração explodir de alegria afetuosa, alarga-o, além das medidas estreitas de tua parentela corporal e dos preferidos de tua alma, transbordando a linfa pura que já consegues verter do peito, para muito mais corações sequiosos do fluido vital que é a base de tudo, em matéria psicológica e espiritual: amor!

Neste mundo tão carente de afeto genuíno, a concentração do elixir essencial, nos receptáculos psíquicos de poucos, quando poderia ser este, em quotas mais módicas, benéfico a extensão maior de indivíduos, constitui atitude quase inconseqüente, leviana ou caprichosa, da mesma sorte que o seria o suprimento mal distribuído de víveres, em tempos de guerra.

Por outro lado, atenta-te, de modo a te precatares dos devoradores de corações. Aguardam-te o máximo de amor, e, logrado o desiderato, retraem-se em seguida, com escusas bem elaboradas, felizes com a conquista adicional do próprio ego dominador e a massagem feita em sua vaidade, sem implicações maiores de responsabilidade, sem se preocuparem com as conseqüências, em teu espírito sensível, de tal gesto rude e egoísta, devastador e frio – embora digam o contrário. Não que seja isso consciente: fazem-no por perceberem espaço para tanto, no movimento narcísico inconsciente da criança pedinte no imo de si mesmos, a qual acabam por nutrir, sem o notarem, com sua postura de vampirização das almas mais suscetíveis, de quem pretendem arrancar o que não é possível, justo ou devido.

Não são eles, todavia, um sinal do mal, e, sim, do bem que pode haver em ti, em aprenderes a recolher de volta teu amor, quando mal aproveitado, e dá-lo a outras, muito mais pessoas, bem mais carentes, merecedoras, que te podem recompensar o nobre coração, melhor do que aqueles espíritos enfermos que desejavam provocar teu manancial de estima e carinho, sem a retribuição apropriada.

Perguntas-me, por fim, por que apus, no título deste breve artigo: “amor em tempos de guerra”, e assevero-te, categoricamente, como válido e atual, o que declarou o próprio Cristo: que não veio Ele trazer, para este mundo, a paz, mas a espada, revelando, sem deixar espaço a dúvidas, a dimensão de conflitos, desafios e complexidades encontradiças, no trajeto de quantos se candidatam, com sinceridade e disciplina, ao trabalho do autoburilamento, para que, então, possam dizer, ao término da jornada existencial, o mesmo que Paulo, o Apóstolo, teve a bem-aventurança de sinceramente afirmar: “Combati o bom combate”.

Vive, assim, amigo, a boa guerra em favor do bem, para não suportares seqüências de batalhas inglórias de luta contra o mal, que se infiltrará em teus caminhos, na exata medida em que tentares vencê-lo, por meio da força anteposta, e não da transformação de sua potência original destrutiva em impulso celestial construtivo, a próprio e a benefício dos que te estejam no círculo direto ou indireto de influência pessoal.


(Texto recebido em 1º de junho de 2008. Revisão de Delano Mothé.)


Convite:

ESCÂNDALOS DIVINOS e PERVERSÕES HUMANAS.

A verdade e a mentira em vestes complexas, enigmáticas, indevassáveis… Esculturas de deuses em pleno ato sexual, em templos da Índia. Madonna que apresenta um “Cristo” negro, insinuando copular com ele, em pleno clip. Branca de Neve, no clássico de Walt Disney, em depravação criminosa, que ninguém antes suspeitara. Divas gays espalhafatosas e sua misteriosa função libertadora. Jesus, em surto de fúria, no mais importante templo de Israel; e perdoando a prostituta, sem pedir que ela parasse de pecar. Tudo isso em ilustrações chocantes quão riquíssimas, numa palestra imprópria para menores de 18 anos, contando com a visita e o testemunho impressionante do mais ilustre representante de nossa Organização no Exterior, Marcone Vieira, presidente do “Allan Kardec Spiritist Center”, em Danbury, Connecticut, EUA, fundado por ele em ‘96, a pedido do Espírito Eugênia. Neste domingo, 1º de junho, às 19h30. Mais informações (endereço, valor do ingresso): 3041-4405