Marilyn Monroe, Rita Hayworth e Chico Xavier.

por Benjamin Teixeira.

Além das mortes – nos últimos anos, frequentes – de atletas em campos de futebol, que constituem, a meu ver, um exemplo à parte do que Gustavo Henrique discute em sua controvérsia, abaixo do texto que se segue, de autoria do “Irmão Chico”, destaquei duas grandes musas do Cinema Antigo, admiradas e invejadas por milhões de fãs, no mundo inteiro, pela conformação deslumbrantemente linda de seus corpos – Marilyn Monroe e Rita Hayworth –, e o médium-santo Chico Xavier, que, segundo os padrões estéticos de beleza, poder-se-ia dizer feio e sem graça, mas que foi amado por dezenas de milhões de devotos seguidores, e ainda o é. As duas, respectivamente: no poster da revista nº 1 da Playboy, de 1953, e em cena memorável do clássico “Gilda”, de 1946. Chico, que era mais velho do que as duas (oito anos em relação a Rita e 16, a Marilyn), viveu décadas a mais que ambas, esbanjando vida, alegria e paz, cheio de vontade de viver, até o fim, como nesta foto de sua nona década de vida física.

Marilyn e Rita tinham hábitos rigorosos de alimentação e exercícios físicos, para manterem o corpo em forma. A primeira morreu aos 36 anos, viciada em álcool e sexo, vitimada por uma overdose acidental de barbitúricos – conforme revelado pelo próprio Chico Xavier. A segunda desencarnou aos 69 anos incompletos, sem se lembrar do próprio nome (vítima de Alzheimer). Por sua vez, Chico Xavier, doente e feioso desde criança, sofria de graves deficiências pulmonares já na infância, vivendo enfermo durante toda a existência, cambaleando um sem número de vezes, entre a vida e a morte, progressivamente fraco e dependente (para se locomover) de terceiros. Além disso, foi obeso em expressivo período de sua vida adulta; era, via de regra, sedentário (no máximo, fazia caminhadas a pé), e dormia, desde os 11 anos, algo entre 2 horas e meia e 3 horas e meia por noite. A despeito desta incrível forma “massacrante” de viver, para o corpo de carne, esteve entre nós, ativo e lúcido, psicografando e atendendo à multidão que o procurava, até os 92 anos de idade.

(Texto redigido em 2 de outubro de 2009.)


Amigo Mais Próximo, Morada Única de uma Vida.
(Controvérsia sobre os Cuidados com o Corpo Físico.)

Benjamin Teixeira
pelo espírito
Irmão Chico.

De fato, das maiores bênçãos que te podem cobrir os dias na Terra, companheiro em humanidade, é poderes usufruir de longa vida de trabalho, renúncia às futilidades passageiras (pelo menos aos excessos delas) e devotamento a causas justas pelo bem comum, que te gratifiquem a alma e te honrem a condição de ser consciente (dotado de livre-arbítrio) e cristão.

Não fazes ideia, provavelmente, do valor augusto associado ao veículo de carne que te alberga. Coloca como certo para ti: é ele aparelho preciosíssimo e raro, que talvez te falte por numerosos séculos, se agora o perderes com nonadas, vícios ou atos criminosos.

Valoriza-o, então, alimentando-o, vestindo-o e oferecendo-lhe repouso apropriado, para que funcione a contento, enquanto durar a curta passagem sobre a crosta terrena que ora desfrutas.

Podes não ser desportista ou um ás em nutrição saudável, mas nada impede que tomes certas medidas mínimas, úteis e salutares, que te resguardem a máquina orgânica do desgaste precoce ou do colapso precipitado, como reduzir um pouco a massa adiposa ou dormir com um tanto mais de qualidade, caminhar um pouco ou praticar ginástica, ainda que três ou quatro vezes na semana, por tão-só trinta minutos…

Sim, é bem verdade que muitos cuidam do corpo, para não fazerem nada de muito digno ou nobre com ele. Mas, pelo fato de empregares tão bem a preciosa aparelhagem que te foi concedida, não se segue que não possas aprimorar a qualidade do tratamento que a ela ofereces, melhorando-lhe o rendimento (hoje mesmo, no trabalho), o bem-estar (que te afeta a consciência para melhor) e duração de validade (que te propiciará mais méritos na realização do bem comum).

Urge que vivas pela maior extensão de tempo que puderes, porque, fica certo, irmão em humanidade, muito mais difícil é avançar fora do campo físico de existência, dentro da faixa limitada de evolução a que nos aprisionamos. No transcurso da reencarnação, gozas do contato direto com agentes de diversos níveis de evolução, interagindo e intercambiando valores heterogêneos, favorecendo o crescimento de todos.

Logo, presta atenção à graça inaudita de estares vivo na matéria. Ora, estuda, trabalha, serve sem detença, mas não deixes de dar a teu animal querido, o mais próximo dos teus amigos, a atenção de que carece: teu corpo, a morada única em que te asilarás, no transcurso de toda a existência física que ora usufruis.

(Texto recebido em 19 de agosto de 2009.)


A Idolatria do Corpo.

Benjamin Teixeira
pelo
Espírito Gustavo Henrique.

Cuidado, porém, com os excessos de quem só cuida do corpo e se esquece da alma. Desportistas há que infartam, em plena atividade física, enquanto religiosos e intelectuais sedentários, insones e obesos, em idade provecta, desafiam a ciência médica, mantendo-se vivos e ativos, em meio a toda ordem de enfermidades.

Outros ainda consomem toda a energia que possuem, no campo da determinação, da disciplina e do autossacrifício, para viverem dietas alimentares e hábitos de atividade física impecáveis, deixando negligenciadas a inteligência, a vida emocional e social e, quase sempre, por trágica ironia, a dimensão primordial do Espírito.

A questão é que o corpo é meio – a missão do Espírito é fim. E há aqueles que se dedicam ao corpo como se ele fora a meta em si mesma, numa idolatria que inverte e perverte a ordem das prioridades, disfarçando de responsabilidade consigo e consciência “ecológica” o narcisismo infantil do apego à máquina biológica, esquecidos de que são o operador eterno de aparelhos que se permutam, no carreiro das reencarnações.

Assim, é muito comum que se veja o vegetariano morrer de câncer no estômago, triturado de inveja, ano sobre ano, pelos que comiam de tudo; estrelas de cinema com pele esticada ao limite, com o cérebro encolhido no deplorável Alzheimer; atletas sofrendo lesões graves nos músculos, articulações ou mesmo na bomba cardíaca, antes de chegarem aos 40 anos, enquanto suas vidas seguem, nos 4 decênios posteriores, colapsadas em vários sentidos essenciais, como o setor afetivo, familiar e intelectual, pela omissão acumulada de décadas de fixação no culto do corpo.

“Mente sã, em corpo são”, disse o sábio da Antiguidade grega, o inesquecível Platão. Tente vivenciar este ideal de equilíbrio e totalidade, prezado amigo, mas mantendo em mente, com vigor, a escala das prioridades na ordem correta: o Espírito eterno em primeiro plano; o corpo como um instrumento precioso, mas assessório, de que se deve tomar conta para que cumpra os fins a que se destina o veículo material de vida: servir para o trabalho, estudo e interações que o Espírito realizará, no decurso de tempo que a aparelhagem carnal propiciar-lhe, no âmbito físico de Vida.

(Texto recebido em 2 de outubro de 2009.)

 

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