Desgrude-se da dor. Liberte-se, para que possa ser feliz. Saia dessa de se sentir a vítima indefesa. Que postura ridícula! Não tem vergonha de parecer tão infantil? E não me venha com essa de dizer que não conheço suas dores e seus motivos. Toda dor é igual, mas há gente que sabe processar seus problemas, e gente que é triturada por eles. É uma questão de gerência mental. Faça com que sua vida seja melhor. Mude sua reação aos eventos de sua existência. Interprete de forma mais profunda aquilo que lhe ocorre, e, principalmente: seja prático, seja lógico, seja lúcido – numa palavra: seja feliz! Que verdade pode haver em não se sentir bem? Saia dessa, agora mesmo, meu chapa! Continuar aí, curtindo fossa, como um autista voluntário, é pura burrice ou masoquismo, recheado com boas doses de orgulho e uma patética inclinação ao melodrama.

Claro que deve ser ético, consciente, responsável com seus compromissos. Mas quem disse que sua seriedade inviabiliza sua felicidade? Se o fizer, não é seriedade: é sisudez. E sisudez é vício mental e não clareza de raciocínio. Seja criativo, quebre paradigmas, veja as coisas por uma ótica diferente. Não se conforme com a mediocrização de sua vida. Lute! Brigue por seu espaço de paz e alegria! Com moderação, ética e bom senso, mas brigue. Acomodar-se ao sofrimento é suicídio moral, é atitude completamente indesculpável para um ser humano que se diga adulto, livre e maduro.

Roberto.

(Texto recebido pelo médium Benjamin Teixeira, em 10 de maio de 2001.)