Ah… você está triste… Errou… Pobrezinho…
Pobrezinho coisa nenhuma: reaja! Se lhe chamar de coitadinho estou conivindo com sua fraqueza e isso me é proibido. Devo dizer: Qual é, meu chapa! Que ridículo! Você pode sair dessa, agora, se quiser!

O ser humano gosta de perpetuar sua irresponsabilidade infantil. Apraz-lhe dizer que foi injustiçado por forças adversas, para cooptar simpatia para sua preguiça e covardia. Ora, se algo aconteceu, demos espaço ou atraímos. E, ainda que não tenhamos nenhuma parcela de responsabilidade (o que, em verdade, não existe), mais um motivo para reagirmos e não ficarmos feito paquidermes atolados na lama do desespero.

Portanto, meu prezado amigo, se você realmente quer ser adulto, pare de tolices patéticas e vê se age como tal, lutando para refazer sua vida, sempre que vir as coisas desmoronarem.

Por fim, veja se não está usando as lentes erradas para observar a realidade. Os seus modelos de interpretação do mundo podem estar errados e você, muito bem, pode estar enxergando falhas onde existem reações naturais a condutas, prioridades ou valores errados. Mude seu enfoque das situações, tente vê-las de um ângulo diferente, abra sua mente, permita-se pensar no impensável, seja criativo e flexível em seus princípios e conceitos, e pode se surpreender com os resultados.

Não pretenda ser mais do que o que pode, e não parta da presunção de que certas verdades estão prontas e de que, assim,seriam definitivas. Questione a tudo, começando por você mesmo, e descobrirá saídas miríficas, para o que parecia completamente sem solução.

Roberto.

(Texto recebido pelo médium Benjamin Teixeira, em 6 de junho de 2001.)