(Quando o Orgulho é Maior que Todas as Desgraças Somadas)

Benjamin de Aguiar,
em diálogo com o Espírito Eugênia.

A sábia Mestra Espiritual Eugênia apareceu-me radiosa, como Lhe é habitual – com as irradiações inconfundíveis dos corações prenhes de sentimentos nobres –, e começou a falar, como se não houvesse um tema definido a desdobrar ou esperasse alguma provocação de minha parte. A partir de então, senti inspiração (talvez d’Ela própria) para interrogá-l’A a respeito de uma temática que aturde muita gente – poderíamos dizer mesmo: uma expressiva parcela da população terrena dos dias que correm, e de todo o passado da humanidade de nosso orbe até o presente (no pretérito, tendo sido muito pior, pela gradativa evolução do planeta e das comunidades humanas). (Introito do Médium)

(Espírito Eugênia) – Queridos amigos: precisamos ouvir a Voz do Espírito. Somente quando estivermos abertos o bastante a auscultar, escutar e incrustar em nossas almas esta Voz, tornar-nos-emos suficientemente inclinados aos voos espetaculares rumo ao Empíreo…

(Benjamin de Aguiar) – Querida Eugênia, longe de ouvir a Voz do Espírito, como você agora nos exorta a fazer, é muito comum, lamentavelmente, vermos pessoas se deslumbrarem com carreiras artísticas ou glamourosas, quais as das passarelas ou das telas de cinema e televisão, esquecidas de que se trata de uma elite (e não necessariamente dos mais talentosos, mas dos mais dobráveis às astúcias típicas a esses ambientes altamente visados) que consegue atingir o estrelato, com um preço altíssimo. E, mesmo assim, dos que chegam ao topo, raros são os que nele permanecem, a maioria sendo imediatamente permutada pela próxima remessa de “carinhas e corpinhos novos”, do tipo “topa-tudo” e com um talento médio.

(EE) – Sim, e perdem a parte mais rica, construtiva e feliz, por consequência, de uma existência que poderia ser muito abundante e realizada, em vários sentidos; e que, todavia, por essas desastrosas escolhas erradas, faz-se vazia, trágica, quando não, direta ou indiretamente, suicida.

(BdA) – Algo a recomendar a esses indivíduos?

(EE) – Que saiam um pouco do campo das vaidades vãs e ouçam o coração. Somente pelas portas do coração há possibilidades legítimas, duradouras e mesmo exequíveis de felicidade. A vocação, o ideal, a família (espiritual, mais que a consanguínea, não necessariamente condizentes uma com a outra, como tão amiúde ocorre – Jesus foi muito claro nesse particular) e, principalmente, os sentimentos devocionais. Só que essas personalidades, de ordinário, estão enfermas, espiritual e psicologicamente, sem se darem conta disso; e, se alguém lhes recomenda o que acabamos de sugerir, confundem, facilmente, os desvarios de sua imaginação sobre-excitada e as explosões vulcânicas do ego desejoso de sucesso, a todo custo, com sentimentos profundos, que ficam inteiramente solapados, nos subterrâneos do inconsciente dessas criaturas infortunadas, autoinfortunadas. Quando o desejo de glória, destaque, prestígio, poder e posses solapa outros sagrados impulsos d’alma, como o da troca sincera de sentimentos com os amados (que realmente nos amem e que de fato sejam por nós amados), há o suicídio, se não da pessoa, dos melhores ensejos, para não logo dizer: de todos os meios de felicidade para uma encarnação.

(BdA) – Essas pessoas podem retomar a rota perdida?

(EE) – Sim, em qualquer tempo. Todavia, quem se desvia da trilha da bem-aventurança, por estar movido pelo ego, cheio de orgulho ferido e desejo de estar certo a todo preço, dificilmente admite se ver desviado, porque pesaria muito à sua consciência e mesmo a seu ego, em termos dos esforços imensos que seriam demandados para tanto: de reestruturação existencial, de mudança de círculos de amigos, de meio de residência e trabalho, amiúde de profissão, de formação acadêmica ou mesmo de casamento e religião. Mais profundo e sério: precisariam esses desnorteados abandonar velhos paradigmas, em verdade preconceitos fossilizados, que usam como filtros para sua mundividência, na avaliação de quem são, de como o mundo funciona e de como os outros os veem.

Muito raramente, alguém está disposto a realizar esforço tão grande, uma quase violência autoimposta – mas que lhe custaria menos que as implicações de não o fazer. Por isso, as “conversões”, quando acontecem, dão-se pelo impacto de terríveis crises existenciais, coalhadas do que se costuma compreender, da perspectiva humana, como tragédias, tais quais mortes de entes queridos, falência ou demissão, enfermidade do corpo ou perda mesmo do veículo orgânico – se não um conjunto de algumas ou de todas elas. Entretanto, ainda assim, é extremamente comum – e por isso as regiões infernais do domínio extrafísico de existência estão abarrotadas de “almas perdidas” – que, mesmo depois de tantos “trancos-sinais-da-Vida”, o indivíduo prefira as suas ilusões de autoludíbrio, procurando a companhia daqueles que pensam como ele, todos se engolfando, mutuamente, nas próprias energias deletérias, perpetuando, por tempo indeterminado, a desgraça comum.

(Diálogo travado em 17 de junho de 2011.)


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