1. Tédio: passatempo da alma, para não notar que está longe do dever, descansando no ócio.

2. Desânimo: como a origem etimológica indica, fulcrada no verbete latino anima, é falta de alma, é estar caminhando, mas fora da rota certa, do caminho do coração.

3. Tristeza: ausência de Deus. O seu reverso, entusiasmo, do grego theos, revela que quem está en-tus-iasmado está repleto de Deus. Tanto quanto, caso se prefira outro antônimo para tristeza, a palavra felicidade vem da expressão latina fe licitas (fé verdadeira).

4. Angústia: efeito negativo de se estar andando na contra-maré da vontade Divina.

5. Desespero: sinal de completa desconexão com a ideia de Deus, Sua bondade infinita, Sua Providência perfeita, que sempre cuida de Suas criaturas, mesmo nas mais fundas furnas do mal (embora lhes respeite o direito de escolherem a desgraça, de se decidirem, consciente ou inconscientemente, por não ser ajudado, curado e felicitado).

6. Medo: esquecimento temporário de que a proteção absoluta do Divino nunca nos relega a abandono.

Em resumo, prezado amigo, seja o que for que esteja vivendo, em qualquer patologia da alma, mesmo que descubra motivos externos, materiais e humanos para sua dor, o tédio, o desânimo, a tristeza, a angústia, o desespero e o medo são meros sinais de desvio maior ou menor do alinhamento ideal com a Divina Providência e sua sempre sábia Vontade, cujo propósito é nossa felicidade, ainda na presente encarnação física que você está desfrutando.

Olhe bem fundo em sua alma, e procure descobrir o motivo da sua desconexão com Ele e, auscultando sua consciência, viva os impulsos do seu ideal, em serviços prestados de amor e progresso, ventura e paz para o seu próximo e, por consequência, para você mesmo.

Matheus-Anacleto (espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
18 de novembro de 2000