Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.

Querem calar sua voz. A mensagem de esperança que dissemina conduz luz de conforto e perspectivas novas para os desesperados; ponderação, para os desgraçados; ânimo, aos combalidos.

Querem deter seus braços. Suas mãos se alongam amistosas, e há quem o observe fervilhando de ódio, porque suicidas em potencial suspendem o gesto final de loucura, e criminosos em vias de consumar atos nefandos revêem seus planos de total desatino, recebendo seu abraço fraterno.

Querem interromper seu trabalho. Estendendo sabedoria ao vórtice da desorientação, revelando significado para a confusão do momento, e descortinando finalidade construtiva para crises complexas, você tem aliviado dores inqualificáveis, no reduto mais secreto das almas. E há quem pretenda, simplesmente, tolher-lhe a fraternidade operante, para que o caos e o horror possam imperar.

Apiede-se dos loucos que se interpõem entre você e seus socorridos, nas tarefas da caridade. Aqueles que pretendem obstar os trabalhos de Deus se posicionam contra o próprio Deus. Eles também despertarão, talvez bem mais tarde, sob o peso incomensurável da canga medonha do carma, vergando a cerviz d’alma com uma dor que nem de longe podem agora conceber, a penarem fastidiosamente, século sobre século quiçá, conforme seu grau de resistência e teimosia em se reconhecerem errados e se ressarcirem pelo mal que fizeram, não só a você, mas à multidão a quem serve, em nome do Ser Supremo.

Você nota a nuvem do mal rondar-lhe, a calúnia nefasta a arranhar-lhe, o ódio de muitos a azucrinar-lhe alma. Não se esqueça, porém, de que tudo isto passará e que, acima de todo ataque da treva, reina, soberana, a Luz Divina, que só permite aconteça o que é para seu bem, para seu amadurecimento, crescimento e bem-aventurança. E, diante desta ótica alvissareira, contemple confiante seu futuro, na certeza de que Deus jamais abandona, sobremaneira os que se fazem canais da Sua Luz, e que, por fim, o bem sempre vence, ainda que sobre escombros de muito esforço aparentemente desfeito, e sobre córregos sem fim de lágrimas e sangue. A história da humanidade assim assinala a vitória de civilizações mais magnânimas, sobre outras, mais despóticas. E, destarte, com avanços e retrocessos – maiores os primeiros, menores os segundos – em dolorosas espirais dialéticas de progresso e expansão, você, seus amigos e a humanidade ascenderão, gradativamente, até o dia do mergulho definitivo, no regaço eterno de Deus!

(Texto recebido em 13 de novembro de 2005.)