(Registros da Mediunidade – 10.)

por Benjamin Teixeira

(Puerto Madero, bairro de Buenos Aires, centro Financeiro da capital argentina. Nosso pessoal fez uma pesquisa, por meio do sistema administrador de nosso site, e houve um acesso desta região, no dia indicado na mensagem abaixo. Estaria aí a personagem deste episódio? Benjamin não garante. Em suas palavras: “Não sou bom paranormal, como sou, regularmente, médium. Assim, reproduzo, com distorções, memórias do que aconteceu fora do corpo, embora seja mais preciso com informações provenientes de transes mediúnicos, como em comunicações diretas do Espírito Eugênia, por exemplo”. De qualquer forma, descobriu-se um registro de entrada no nosso site, exatamente no dia 11 de julho, de um computador localizado nesta região da glamourosa metrópole da América do Sul. Pela coincidência significativa, resolvemos ilustrar esta página com uma foto noturna da dita localidade. Equipe Salto Quântico.)


O Amigo Espiritual que me assistia, no desdobramento da primeira metade desta tarde, estendeu a mão e me entregou a “ficha” (digamos assim):

– É  o relatório sumário de um caso de Buenos Aires. Trouxemo-la para perto daqui. Gostaríamos que conversasse com ela.

– Pois não  – respondi.

Em fração de minutos, vejo uma jovem aloirada (talvez artificialmente – a imagem do perispírito reproduzia como ela jazia, no corpo material, adormecida, a milhares de quilômetros de distância), tez lembrando o branco mestiço brasileiro, que nos reporta à pele “queimada” de árabes ou à “cor de saúde” dos mulatos; estatura média, aparentando pouco mais de 30 anos. Estava nitidamente constrangida, surpreendeu-se ao me ver, desviando os olhos e piscando-os nervosamente várias vezes.

Entretanto, por todas estas cambiantes emocionais e pela clareza com que articularia o pensamento que em seguida transcrevo, demonstrava ser uma alma relativamente amadurecida, que gozava de respeitável nível de lucidez em estado de “projeção da consciência” ou de “desdobramento do espírito”, ou, em outras palavras: estando fora do corpo, parcialmente (se de todo acontecesse esta “saída”, haveria óbito do veículo-computador-biológico que é o organismo físico).

– Estou às ordens – disse num semissorriso geminado a meneio de cabeça, sem me explicar muito, porque percebi que a interlocutora já havia sido orientada no sentido de que teria oportunidade de falar comigo pessoalmente.

– Perdoe-me, Benjamin. Não o conheço pessoalmente. Vou direto ao ponto, para não lhe tomar muito tempo. É que meu tio (…) é uma pessoa muito querida e em quem confio muito, e me telefonou empolgadíssimo, hoje pela manhã, pedindo que acessasse o seu site…

– Da organização; não meu… – interrompi, sem pudor.

– Desculpe: da sua organização…

– “Nossa” organização; não é minha – cortei-lhe a fala, mais uma vez, sem me preocupar com a indelicadeza, apesar de fazê-lo com um sorriso acolhedor, para não aborrecê-la tanto.

– “Tudo bem! Naveguei no site da organização “de vocês”, e assisti ao vídeo com o tal “fenômeno do Sol”. Impressionei-me muito, mas, para ser sincera, quedei-me em profundo cismar… Adormeci após o almoço… e… eis-me aqui. Explico-me: É que existem tantos charlatães nesta área… O meio religioso e esotérico está tão impregnado de aproveitadores; ou, se não, de gente excêntrica e meio “abilolada”, muito crédula e ingênua (em que, de certa forma, apesar de não me agradar emocionalmente, enquadro a figura deste meu tio que me telefonou), que não consegui abrir meu coração. Desta vez, todavia, fiquei triste. Sou muito devota de Nossa Senhora, e, sinceramente, gostaria de ter acreditado completamente, para encher meu coração daquele entusiasmo maravilhoso da fé verdadeira, como senti na voz de meu parente.

Vivi isso, por um tempo, na infância, mas o perdi há muito, e, embora tenha tentado recuperar este arrebatamento espiritual tão confortador, na sucessão dos anos, minha mente me persegue, com interrogações, suspeitas e dúvidas excessivas. Vi a fotografia, e notei que dificilmente aquela imagem seria uma fraude… Isso me é muito claro! O fenômeno é… – ela procurava concatenar as ideias, tentando descobrir palavras que expressassem apropriadamente o que queria dizer, terminando por reproduzir o pensamento do Orientador Espiritual a seu lado, que a auxiliava na fala – sim, sim: autoevidente!… Sei que você não é a pessoa mais indicada para falar de si mesmo, num momento como este… ou talvez seja a melhor… Não sei!… Só sei que me surpreendi, entre alegre e embaraçada, com o ensejo de vir aqui, falar pessoalmente com você…”

– “Entendo, perfeitamente, suas aflições, minha nova amiga – permita-me assim me dirigir a você, pela enormidade de empatia que sinto com seu coração –, porque seu drama e conflito foram meus e são da maioria das pessoas medianamente informadas e esclarecidas, que não desejam se engabelar com crendices ou surtos esquizóides de quem quer que seja, inclusive de si próprios. Por isso, fui trazido aqui, apenas para lhe introduzir contato com Alguém que justifica todo este “alvoroço” do bem, em torno de um fenômeno verdadeiramente do Céu. Esclareço: assim como, em Fátima, as aparições de Nossa Mãe Maior só aconteciam com a presença de Lúcia dos Santos, um ser  genuinamente santificado, no carreiro evolutivo, o mesmo acontece em Aracaju, mas de modo um tanto diferençado.

Em Portugal, Jacinta e Francisco (os outros dois pastorinhos que viam Nossa Mãe Maior, em 1917) – inobstante terem merecido deferências especiais do Vaticano e embora portassem, de fato, boa índole, não desfrutavam de meios psíquicos ou espirituais para, sozinhos, gerarem conexão com a Mãe Mística da Terra. No caso atual, de minha parte, igualmente, jamais teria condições de constituir uma ponte paranormal com a Majestade Maternal de nosso globo, pessoalmente, porque não possuo prerrogativas morais, psíquicas ou evolutivas para tanto. Sou uma pessoa decente e de boa vontade, mas comum. Somente almas mui iluminadas têm poder para alcançar a vibração excelsíssima de Nossa Mãe Santa. O atual fenômeno de descida e comunicação de Maria de Nazaré acontece graças à atuação constante, em minha atual existência (e há muitos séculos) da misericórdia de minha mãe espiritual, que foi, em sua última vinda aos proscênios da reencarnação, Bernadette Soubirous, a menina santa que viu e interagiu com Nossa Senhora, em Lourdes, França, nos idos do século XIX. Ela está aqui… e vai falar com você…”

Mal terminara estas últimas palavras, e o rosto da jovem senhora e tudo em torno foi, velozmente, nimbado de luz, como se um spot gigante, daqueles que iluminam estádios de futebol, em movimento de caminhada humana, aproximasse-se de nós dois, por trás de mim. Ainda pude ver a expressão de espanto intraduzível, o cair de joelhos instantâneo da visitante, ante o olhar de magnanimidade indescritível da santa e sábia Mestra Espiritual Eugênia, bem como a mãozinha mimosa de nossa doce Orientadora a se estender em direção à moça brasileira residente na Argentina, que imediatamente beijou-a, já se debulhando em lágrimas, quando fui, também emocionado (nunca me acostumo com a contrição que Ela provoca em mim e nas pessoas que A contactam d’algum modo, mais diretamente), tragado de volta ao corpo, já com a incumbência de digitar o episódio, o que faço agora.

Salve, Rainha Mãe da Terra, que nos salva da beira do abismo de tantos perigos simultâneos de extinção da espécie humana sobre nosso orbe (como o perigo crescente de terrorismo nuclear e biológico e a crise progressiva dos ecossistemas)!

Salve, também, a Enviada de Maria, Santa Bernadette Soubirous, por intervenção de Quem é possível termos a oportunidade sagrada e inapreciável de receber a Visita de Nossa Mãe Maior, na própria crosta da Terra, transmitindo-nos Sua Fala salvadora, em Suas Missivas anuais, desde 2006!

Que este que escreve, o último dos últimos de todos os servos de Nossa Senhora (sentindo-me realmente reles e desprezível, como nunca, esmagado com a importância destes Eventos, que jamais poderia compreender como à altura de minhas condições evolutivas), receba a misericórdia das preces dos amigos que nos leem e a misericórdia da Mãe Santíssima e de Sua Emissária, para que cometa o mínimo possível de erros e acerte quanto me seja possível, nesta obra gigantesca que não me pertence e de que sou o último escriturário que bate o carimbo da Instituição em que trabalha, após uma Grande Autoridade se manifestar documentalmente.

Graças de Maria Santíssima para todos,
Benjamin Teixeira,
Aracaju, 11 de julho de 2009.

Veja, na interface do site, logo abaixo desta postagem, “O Extraordinário Fenômeno do Sol”, a que este episódio se reporta.

Atenção:

Logo abaixo desta postagem, na interface deste site, há um arquivo disponibilizando um trecho selecionado do evento Maria Cristo 2006, aquele em que foi levada a público a primeira Carta de Nossa Senhora à Humanidade, da série de Missivas Espirituais que Benjamin Teixeira tem recebido anualmente do Espírito Eugênia.
Neste período, estamos trazendo a lume artigos (psicografados ou inspirados), além de vídeos históricos da Instituição.
Não sabemos por quanto tempo isso se dará, mas é garantida, no mínimo, a publicação de um arquivo por dia (incluindo feriados e fins de semana), neste nosso sítio eletrônico da internet, seja ele em vídeo, apenas áudio ou tão-só texto escrito.

Equipe Salto Quântico.