(Nova Assembléia – 02.)


Benjamin Teixeira
por
espíritos diversos.


Questão: Qual o motivo da crise internacional, no campo financeiro?

Uma metáfora do desequilíbrio havido entre desejar e poder ter. O ser humano, exacerbadamente dirigido pelo ego (deve ser apenas administrado, jamais norteado pelo ego), sofre o colapso dentro e fora de si, quando põe paixões subalternas, como poder, posse, prestígio social, fama, beleza, juventude, sobre outros valores, de natureza mais evanescente, contudo paradoxalmente mais profundos, duradouros, sólidos: os que concernem à plana do espírito. A ilusão pode ser sustentada por um certo tempo, assim como ocorre às bolhas de especulação financeira, mas chega sempre a hora em que a delusão se desfaz e o rombo-disparidade entre realidade e fantasia se mostra como é: um abismo que separa desejo de possibilidade concreta.

Eugênia.

Você já ouviu falar da brincadeira típica de rapazes adolescentes denominada “corredor polonês”? Pois é. O “princípio da separatividade”, que nos faz nos iludir no sentindo de nos crer desconectados uns dos outros, crença que impera no nível humano de consciência na Terra, levando a pessoa a supor que está na vez e “vantagem” de “bater” em alguém. Surge sempre o momento, porém, em que o agente ativo da pancadaria tem que reconhecer a chegada de sua vez de padecer como elemento passivo no jogo do apanhar, e aquilo que fez ao outro, então, tem oportunidade de retornar em sua direção, amiúde inflacionado com traços de crueldade, que fez por merecer, em complexos arranjos etiológicos de energia e padrão mental. A linearidade racional dos que vivem no nível ultra-superficial e primário das percepções meramente físicas não lhes permite entrever a estultícia de sua escolha. Os “caras da vez”, logo mais, estarão sofrendo os golpes que desferiram em terceiros, há pouco.

Roberto.


Jesus nos disse para nos amarmos uns aos outros, como Ele nos amou. Mas as pessoas, no plano físico de nosso planeta, amam-se, ainda, mais como animais do que como seres humanos propriamente, cuidando quase que exclusivamente dos assuntos relacionados a seus instintos de sobrevivência e perpetuação da espécie. O que ocorre, quando estes instintos são guindados à macroestrutura da sociedade e da civilização inteira, é este desmoronamento do sistema financeiro e econômico. Como sempre, não seguir Jesus constituiu a base geradora do problema.

Irmã Brígida.

Muita especulação no circuito dos interesses rasteiros, pouca ponderação na esfera dos temas mais graves e espirituais. Este era o padrão dominante, antes da debacle em cadeia de inúmeras instituições financeiras antiqüíssimas. O universo, então, é propelido, automaticamente, a equilibrar os vetores psíquicos das criaturas, fazendo-as voltarem-se para dentro, em crises existenciais e de identidade fomentadas por uma falência do método de facilidade ilusória de ganhos que o mercado financeiro patrocinava, sob o custo da própria base concreta: a correspondência de valores econômicos, que em muito distava, para baixo, dos índices abstratos sinalizados nos “títulos” vendidos e negociados nas bolsas. Excessiva externalização do ser, foco hiperbólico no material atraem o outro extremo do espectro: internalização de conflitos e dramas de natureza espiritual, com as resultantes e salutares reflexões sobre propósito e significado da vida e do ser.

Matheus de Antioquia.

A falta de cautela das criaturas e de fundamentação adequada da própria existência, nos valores genuínos – os do espírito –, fazem com que se deixem arrastar, pelas tentações nefandas da carne; e o descarrilar do trem dos sentidos só pode propiciar o que aconteceu previamente à “explosão” da crise: uma distorção das percepções, que, naturalmente, fomentou uma gerência inapropriada dos recursos materiais, superdimensionados, em detrimento das questões da alma: essenciais.

Irmã Joana.

Eu pensei comigo: como responder a esta questão? Achei por bem reforçar o desequilíbrio das funções psíquicas e dos departamentos da existência. Lanço este repto-indagação, como tema de meditação: Se os corretores das bolsas e os CEO’s das grandes corporações levassem vidas mais equilibradas, conscientes e humanas, passando mais tempo com os filhos e demais familiares, praticando esportes e vivendo suas vocações religiosas, se escalassem montanhas ou pintassem quadros, se fossem mais poéticos e menos pragmáticos, esta crise planetária teria ocorrido?

Gustavo Henrique.

Ilusão, ilusão, ilusão. Quem se sente muito regido pela lógica, como o pessoal que foca suas existências na questão financeira, deveria sê-lo de fato, porque não há lógica alguma que justifique viver-se apenas em função do material, olvidando o espiritual. Assim, proporia não uma abordagem menos racional e mais espiritual, mas sim um raciocínio ainda mais agudo, uma lógica mais profunda, uma lucidez mais ampla, uma inteligência verdadeiramente eficaz. Quem pensar com correção jamais porá sua existência neste pé de auto-extinção, espelhada, coletivamente, na crise financeira global. A falta de lucidez e espírito prático conduz o indivíduo a supor que os números ficcionais das contas bancárias e das ações nas bolsas sejam mais reais que o passeio que se dê na praia, acompanhado do filho, do neto, do cachorro ou de ninguém… mas com muita presença de si, no Centro do Eu, em comunhão contínua com Deus…

Temístocles.

Uma vez me perguntaram a que ofício me dedicaria, se não pudesse adentrar uma sala de aula, e eu disse que de tal modo me identifico com a função de professora, que jamais poderia existir fora do magistério digno. Fico, assim, profundamente compadecida daqueles cuja identidade está em fazer as conjecturas acerca do subir e inflar dos valores financeiros, em vez de expandirem o seu e o conhecimento de terceiros. Creio, destarte, que possamos avaliar a atual conjuntura financeira global, também, duma perspectiva de equívoco nos processos de identificação da criatura, levando-a a assimilar um código de valores que não condiz com o melhor para si, na presente data, nem atende às suas necessidades verdadeiras: as eternas.

Ana Maria.

A desconexão da sombra psicológica, no nível coletivo, pode gerar exatamente este distúrbio, em escala planetária. Não enxergando o lado sombrio de si, afastando-se, pois, do campo fundamental da verdade que o Self representa, o indivíduo enlouquece gradativamente, suas atitudes vindo a refletir o descompasso entre suas concepções de mundo e a realidade como ela é. Este distúrbio, no entanto, tem como finalidade reconduzir a criatura a um estado de integridade moral ou integração psicológica. Assim, a falência financeira leva a criatura a meditar sobre outros valores, mais espirituais, e a voltar-se para a elaboração de seus conflitos e aspirações, no âmbito mais profundo e verdadeiro das questões psicológicas. O mesmo se dá com grandes agrupamentos humanos e suas estruturas culturais e institucionais, no mecanismo da melhoria gradativa que se dá, pelos ímpetos imanentes à autocura e à autotranscedência, quase sempre se manifestando em forma de paroxismos de desordem (como a atual crise financeira), propulsionando a coletividade ao próximo nível de organização, mais complexo que o que padece saturação e declínio funcional.

Demétrius.

Cogito nos pais e mães de família que perderam fortunas, nas bolsas de valores da Terra, mas que estão agora passando mais tempo com seus amados em casa. Penso nos casais em que ambos os elementos constituintes somavam os rendimentos de seus respectivos salários, para gerar uma renda maior, propiciadora de maior luxo e facilidade para a prole. E noto que esta aparente desgraça da crise internacional financeira constituiu uma graça; que este desastre de proporções gigantescas pode ter evitado tragédias verdadeiras, muito maiores, em número maior de famílias destroçadas, pela inversão dos valores, na priorização do destrutivo e provisório, paralelamente ao olvido do construtivo e perene. Vejo a Mão de Deus a nos orientar, por meio da dor (por falta de amor e espiritualidade em nossas vidas), rumo às vicissitudes e provações da existência, a fim de que sejamos tratados, na loucura de nossas paixões, para gravitarmos, com segurança, na direção da essencialidade do amor.

Elvira.

Não se deve considerar que haja qualquer mérito em se sacrificar por uma carreira brilhante, se as motivações mais profundas da criatura são, basicamente, egóicas. Esta, acredito eu, seja a conclusão pragmática que podemos extrair, para nossas vidas, do pandemônio que se abateu sobre os mercados financeiros.

Há pessoas que se sentem quase heróicas, por darem o sangue e a vida nos escritórios das empresas, sentindo-se dignificadas e quase santificadas, em seus esforços, enquanto, em verdade, se afastam, progressivamente, da meta legítima de suas vidas: o amor, a realização de um ideal de serviço para o bem comum.

Isso é tão lamentável que chega a ser patético. Com o estourar de uma bolha de especulação, qual a que ocorreu nestes últimos dois anos, de 2007 e 2008, as pessoas são exortadas a questionar e ressignificar seus pressupostos de verdade, bem como seu código de prioridades íntimas. Muito compreensível que esta crise se desencadeie numa era de mórbida (por exagerada) preocupação com as questões materiais, em detrimento das espirituais.

Uma crise vale por uma bênção da vida, uma dádiva de Deus, para que se acerte o rumo do próprio jornadear, e se compense o tempo perdido, com ação persistente, aplicada, com muito espírito de logística, aos objetivos mais nobres e às prioridades mais altruísticas que se possam naturalmente acessar, na alma mui imperfeita que nos é própria.

Lidiane.

(Textos recebidos em 25 de novembro de 2008. Revisão de Delano Mothé.)

Convite:

O IMPRESSIONANTE FENÔMENO EUGÊNIA.

A grande mestra espiritual Eugênia voltou a se manifestar, ao final das palestras de Benjamin Teixeira, por meio do sistema mediúnico de “incorporação”. A emoção impactou os presentes que superlotavam a platéia, no último domingo, com a grandeza do fenômeno. Era visível a diferença de personalidade, nível cultural, fluência e sabedoria entre médium e entidade comunicante, apesar da conhecida inteligência e brilhantismo de Benjamin. Vale a pena conferir pessoalmente, e se pôr sob a proteção do grande gênio-anjo Eugênia e sua equipe de assistentes espirituais.
Neste domingo, 30 de novembro, às 19h30, no “Mega Espaço”, Rua Nossa Senhora das Dores, 588. Ministração de passes, a partir de 18h50. Atendimento fraterno (para você desabafar ou se aconselhar com alguém preparado), após a preleção. Evento angariando recursos para a exibição do programa Salto Quântico, em rede nacional de televisão – CNT, 15h30 de sábados (horário de Brasília); 9h de sábados (horário de Aracaju), apenas em Sergipe, Aperipê TV –, divulgando a salvadora mensagem da imortalidade da alma e da cobertura e inspiração da Espiritualidade Superior. Informações: 3041-4405.

Equipe Salto Quântico.